Astronautas da Índia, Polônia e Hungria a caminho da ISS

Quase 300 pessoas já estiveram na Estação Espacial Internacional (EEI) – mas nunca ninguém da Índia, Hungria ou Polônia. Isso deve mudar com a missão espacial privada "Ax-4", lançada do espaçoporto de Cabo Canaveral, no sul dos Estados Unidos.

Às 2h30, horário local, o foguete Falcon 9 decolou. A bordo do relativamente espaçoso "Crew Dragon", em trajes espaciais brancos e botas pretas, estavam o indiano Shubhanshu Shukla, o húngaro Tibor Kapu e o polonês Slawosz Uznanski-Wisniewski, todos astronautas amadores. A líder da missão, no entanto, é uma profissional: a experiente ex-astronauta da NASA Peggy Whitson, que manobrará a nave até a Estação Espacial Internacional (EEI).

Iniciar após problemas técnicos

A missão "Ax-4" já havia sido adiada diversas vezes devido a problemas técnicos com o foguete e a ISS. É a quarta missão espacial comercial da Axiom Space em colaboração com a agência espacial americana NASA e a fabricante de foguetes SpaceX. A "Crew Dragon" deve pousar na ISS na quinta-feira.

"Tivemos uma subida incrível", Whitson comunicou por rádio ao Controle de Missão da SpaceX, perto de Los Angeles, enquanto o estágio superior do Falcon lançava a cápsula em sua órbita preliminar, cerca de nove minutos após o lançamento. A comandante de 65 anos teve uma carreira impressionante: foi a primeira astronauta-chefe da NASA e a primeira mulher a liderar uma expedição à ISS. Ela passou um total de 675 dias no espaço — um recorde nos EUA.

Após se aposentar da NASA em 2018, Whitson ingressou na Axiom, tornando-se consultora e chefe de voos espaciais tripulados da startup sediada em Houston, Texas. Em nome de seu novo empregador, ela foi ao espaço pela primeira vez há dois anos, como comandante da missão Axiom 2.

Para os três homens a bordo, este é o primeiro voo espacial — eles não são astronautas de verdade. Shubhanshu Shukla (39) trabalha para a Força Aérea Indiana de seu país, enquanto Tibor Kapu (33) e Slawosz Uznanski-Wisniewski (41) são engenheiros. Embora sejam os primeiros cidadãos de seus países de origem a embarcar na ISS, não são pioneiros. Astronautas da Índia, Polônia e Hungria já estiveram em órbita em missões soviéticas da Soyuz nas décadas de 1970 e 1980.

Bilhete por 70 milhões de euros

A tripulação da missão Ax-4 deverá passar aproximadamente duas semanas a bordo da ISS, onde participará de diversos experimentos científicos. Segundo relatos da mídia, tal voo custará aproximadamente 70 milhões de euros por passageiro.

A empresa espacial privada Axiom tem nove anos. Cofundada pelo ex-gerente de programa da ISS da NASA, é uma das poucas empresas a desenvolver sua própria estação espacial comercial. Este novo posto avançado da humanidade eventualmente substituirá a ISS, que a NASA espera ser desativada por volta de 2030.

A cápsula Crew Dragon, apelidada de "Grace" pela tripulação da Axiom, completará seu voo inaugural com este lançamento. É a quinta cápsula desse tipo na frota de naves espaciais de Elon Musk, proprietário da SpaceX.

A NASA não fornecerá apenas o local de lançamento em Cabo Canaveral. A respeitável agência espacial americana também assumirá a responsabilidade pelos astronautas após sua transferência para a Estação Espacial Internacional (ISS). Se tudo correr conforme o planejado, a tripulação da Axiom 4 será recebida pela tripulação de sete membros da ISS na manhã de quinta-feira. Três astronautas dos EUA, um do Japão e três cosmonautas da Rússia vivem e trabalham atualmente na estação espacial.

AR/wa (dpa, rtr)