Teatro: Até o ponto de ruptura

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Uma busca radical pela alma: Jens Harzer brilha no Berliner Ensemble em “De profundis” com a carta que Oscar Wilde escreveu da prisão.
A temporada do Berliner Ensemble começa com um mergulho no inferno. Jens Harzer estreia no Berliner Ensemble com um monólogo que lembra uma corda bamba sobre o abismo. Trancado em uma cela assepticamente branca, com talvez um metro e meio por um metro e meio de tamanho, ele paira bem acima das cabeças do público (cenografia: Hansjörg Hartung). Nessa caixa fechada e sem esperança, simultaneamente uma cela de prisão, um caixão intensamente iluminado e sua própria cabeça, na qual os pensamentos correm freneticamente, Harzer passa mais de duas horas percorrendo a carta que Oscar Wilde escreveu ao seu antigo amante, Lord Alfred Douglas, da Prisão de Reading em 1897.
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