Cartas do editor: Rezemos pelo Papa, exame de consciência, segurança jurídica
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Rezemos pelo Papa
Em 13 de março de 2013, a história nos surpreendeu. Um grito virou hino nas ruas, nos bares, nas casas. O Papa é argentino! Como se a fé e a pátria tivessem de repente se fundido num abraço. Jorge Bergoglio, o homem dos trens e imediato nas plataformas, tornou-se Francisco. E naquele momento, milhões de argentinos sentiram que um pedaço de nossos corações havia chegado à cadeira de Pedro. Que emoção foi essa que percorreu todo o nosso corpo? Foi orgulho? Era esperança? Talvez, um pouco de tudo. Os anos passaram e Francisco não se tornou um papa de mármore, desses que enfeitam praças e catedrais, mas um papa de carne e osso, com sapatos gastos e olhar inquieto. Seu pontificado tem sido um evangelho vivo para aqueles que não têm voz: os pobres, os refugiados, os descartados do mundo. Vimo-lo abraçar os doentes sem medo, chorar com os migrantes, denunciar uma economia que “mata” e exigir, com a força de um profeta, que ninguém fique indiferente à injustiça. Hoje, quando olhamos para trás, o que resta daquele 13 de março? Mantemos viva a emoção daquele dia? Francisco nunca pediu honras, ele pediu gestos. Ele nos desafiou a ser uma sociedade que não esquece aqueles que caíram na pobreza, que não se acostuma com a fome dos outros. Teremos coragem de responder-lhe?
Hoje sua saúde passa por momentos delicados, e é hora de agradecer sua dedicação, sua palavra e seu exemplo. Rezemos por ele, para que tenha força para continuar guiando a Igreja com sua luz e compaixão.
Liliana Canaves
Exame de consciência
Nunca deixo de me surpreender com as reações que o episódio do presidente Milei e a criptomoeda $LIBRA provocou. Todos nós rasgamos nossas roupas condenando um acontecimento que, para dizer o mínimo, foi muito lamentável. A questão subjacente é quem pode atirar a primeira pedra e se todos os acusadores estão livres de pecado. Ter que assistir diferentes autores da vida política, econômica e social darem veredito de culpa sem esperar uma condenação da Justiça é um passatempo que se tornou realidade em nosso país. O ápice dessa atitude foi a reação e os comentários da ex-presidente e seus seguidores. O presidente Milei estava, sem dúvida, errado, mas deixemos que a justiça determine e julgue suas ações.
O Presidente deve perceber que não é mais um candidato, ele é o presidente da nação, e seu papel exige muita prudência política e reflexão antes de fazer um comentário. Antes de nos tornarmos promotores implacáveis, nós, argentinos, precisamos analisar mais atentamente nossas próprias ações diárias e fazer uma autoanálise. Não chegamos onde estamos por acaso.
Carlos E. Echagüe
DNI 11.986.456
Segurança jurídica
Não há dúvidas de que Milei agiu de forma irresponsável no caso $LIBRA. Mas precisamos avaliar seus grandes sucessos no controle da inflação, na desregulamentação da economia e no fim dos gestores da pobreza. Errar é humano e, como acredito que “tudo tem seu lado bom”, espero que esse lamentável episódio lhe permita refletir, deixar de lado o orgulho e a autocrítica, aceitar seu erro e retificar atitudes que não o favorecem, como se achar dono da verdade e reagir com intolerância e insultos às críticas como se fossem um ataque conspiratório à sua pessoa. Não é bom que um presidente aja impulsivamente, sem respeitar os costumes e as pessoas. E não deve se concentrar apenas na economia, mas também em melhorar a segurança jurídica e as instituições que condicionam os investimentos tão necessários para fazer a economia crescer, melhorar os salários e reduzir a pobreza.
Ricardo E. Frias
Guillermo Francos
Ouvir o Sr. Guillermo Francos na mídia é o melhor remédio para minha desilusão e descrença. Ele é um dos poucos políticos que mantém a calma, é objetivo sem deixar de opinar sobre o que tem pleno conhecimento, é calmo mas firme, respeitoso, não faz dramas nem emite julgamentos irresponsáveis, está alinhado ao governo do qual faz parte, não abusa das redes sociais que distorcem a realidade furando o cérebro de quem acredita em tudo o que aparece ali. Todos a favor e contra todos. Uma Babel cibernética histérica. Eu me identifico totalmente com o Sr. Francos. É um alívio e conforto saber que ele continua “na linha de frente”, defendendo nossos interesses com nobreza, cavalheirismo, boas maneiras – que ainda existem e devem ser imitadas – e com absoluto conhecimento de como um político deve se comportar quando está governando a serviço dos cidadãos.
Sônia Decker
DNI 6.664.397
Robertito
Assistimos sempre ao LN+ e, nesse contexto, a Roberto Funes Ugarte, com suas reviravoltas inteligentes, seu bom humor e seu grande conhecimento da cultura. Agora compartilhamos o novo espaço aos sábados e domingos. Ele demonstrou grande profissionalismo, simpatia e um grande compromisso com a Igreja Católica, algo que não é evidente entre os jovens de hoje, mas sim escondido... Excelente trabalho durante três horas sobre a saúde do Papa Francisco. Ele trouxe ar fresco para a nação.
Susana Colazo
DNI.4.467.512
Multas em Lanús
Os motoristas de Lanús são obrigados a cometer infrações pelo município e pagar as multas correspondentes. Isso acontece porque há semáforos que possuem câmeras, obviamente não sinalizadas e em alguns casos escondidas da vista, mas não possuem um segundo contador que antecipe o sinal amarelo. De repente, o semáforo fica amarelo e você é obrigado a frear na faixa de pedestres ou seguir em frente, e em ambos os casos, além do risco à estrada (que é o menos importante para o município), você recebe uma multa. A resposta dos funcionários do Departamento de Sustentabilidade Viária, já que o responsável pela área não estava presente nas duas vezes em que fui, foi nula ou infantil: "Entendo, mas a lei não obriga a colocar contadores em todos os semáforos". No entanto, o propósito de arrecadar fundos não é oculto. Também fui à Ouvidoria, sem resultados. Teremos que esperar até as próximas eleições.
Gabriel Genise
DNI 12.927.303
Na rede do Facebook
Denuncia-se desvio de verbas multimilionárias nos municípios de Tucumán, Salta e Catamarca
“Muitas reclamações, mas ninguém é preso e ninguém devolve o dinheiro” – Amelia Armesto
“Sempre foi assim… No dia em que investigarem seriamente, não sobrará um único prefeito ou delegado...” - Rubén Eraldo Muñoz
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