Alcaraz, firme em Wimbledon

Carlos Alcaraz teve mais uma atuação irregular em Wimbledon, começando com uma derrota no primeiro set. Depois, ameaçou perder o saque e ficou ainda mais para trás no terceiro set. E então, como costuma fazer, aproveitou o momento, produziu sua mágica e se aproximou do terceiro título consecutivo no All England Club.

Alcaraz ampliou sua sequência de vitórias em Grand Slams em quadras de grama para 18 — e sua atual sequência invicta em todos os torneios para 22 — ao se recuperar e derrotar o 14º cabeça de chave Andrey Rublev por 6-7 (5), 6-3, 6-4, 6-4 no domingo para avançar para as quartas de final.

No primeiro encontro de Wimbledon deste ano entre dois homens classificados entre os 20 melhores, o número dois Alcaraz deu o seu melhor ao perder por 3 a 2 no terceiro set. Primeiro, ele teve que defender um break point contra Rublev, fazendo isso com um forehand vencedor.

Após segurar o saque, Alcaraz conquistou seu próprio break point e não deixou Rublev escapar. Em uma troca de oito tacadas, o espanhol correu de um canto a outro da quadra e, com uma pisada forte de pé direito e um pequeno deslize, conquistou o ponto com uma forehand cruzada.

Alcaraz estendeu os braços, apontou para a orelha direita e apreciou a forte ovação da multidão, o barulho ecoando na parte inferior do teto fechado do estádio.

Rublev sentou-se em sua cadeira à margem do campo, olhou para o camarote e fez um sinal sarcástico de "OK". Apenas 10 minutos depois, o set pertencia a Alcaraz, que enfrentará Cam Norrie, semifinalista de 2022 e último britânico restante no torneio de simples, na próxima rodada, na terça-feira, por uma vaga nas semifinais.

"Eu sempre disse que se trata de acreditar em si mesmo. Não importa se você está perdendo", disse Alcaraz. "O tênis é um esporte que pode mudar em um único ponto. Um ponto pode mudar a partida inteira, virar tudo."

Norrie (61º colocado) avançou com uma vitória por 6-3, 7-6 (4), 6-7 (7), 6-7 (5) e 6-3 sobre o chileno Nicolas Jarry, que acertou 46 aces.

O outro duelo masculino das quartas de final na terça-feira será entre Taylor Fritz (5) e Karen Khachanov (17).

Fritz, atual vice-campeão do U.S. Open, avançou para as quartas de final de Wimbledon pela terceira vez em quatro anos depois que seu oponente, Jordan Thompson, se machucou e abandonou o jogo, perdendo por 6-1 e 3-0 após 41 minutos.

Alcaraz tem apenas 22 anos e já soma cinco troféus de Grand Slam, o mais recente em junho, no Aberto da França. Ele não perde uma partida desde 20 de abril, quando foi derrotado na final de Barcelona por Holger Rune.

Aryna, vá em frente

A número um do mundo, Aryna Sabalenka, chegou às quartas de final do seu décimo primeiro torneio consecutivo do Grand Slam, derrotando a belga Elise Mertens por 6-4 e 7-6. Sua próxima adversária será Laura Siegemund, a alemã de 37 anos que derrotou a argentina Solana Sierra por 6-3 e 6-2.

Siegemund vinha de uma vitória surpreendente sobre a campeã do Aberto da Austrália, Madison Keys. Quando a idade de Siegemund foi mencionada durante uma entrevista em quadra, a plateia aplaudiu, e ela brincou: "Não é sempre que se recebe um elogio por ser velha."

Anastasia Pavlyuchenkova superou um erro de arbitragem no final do primeiro set, quando o sistema eletrônico que substituiu os juízes de linha disparou, e venceu a local Sonay Kartal por 7-6 (3) e 6-4, retornando às quartas de final do torneio de grama pela primeira vez em nove anos. Sua adversária será a americana Amanda Anisimova (13), que derrotou a tcheca Linda Noskova (30) por 6-2, 5-7 e 6-4.