Carlo Ancelotti deixa o Real Madrid para tentar dar a volta por cima na seleção brasileira: perfil

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Carlo Ancelotti deixa o Real Madrid para tentar dar a volta por cima na seleção brasileira: perfil

Carlo Ancelotti deixa o Real Madrid para tentar dar a volta por cima na seleção brasileira: perfil
Vencer, vencer, vencer sempre, vencer em italiano, vencer em inglês, francês ou espanhol, não importa o idioma, Carlo Ancelotti domina o verbo universal da vitória. Na temporada passada, no entanto, seu time, o Real Madrid, ficou sem vitórias, tão branco quanto o branco de sua camisa. Ele não ganhou a Copa do Rei, a Liga ou a Liga dos Campeões.
Então, era natural que a comissão técnica tremesse e o clube responsabilizasse os responsáveis, incluindo seu lendário treinador. Ancelotti caiu e fez isso em pé. Hoje ele se despede do Real Madrid no Santiago Bernabéu, na última partida da temporada (contra a Real Sociedad, 9h15, DSports TV), tendo se tornado a lenda técnica que mais títulos conquistou na história do maior time de todos os tempos: 15 troféus. E ele caiu de pé porque agora é o técnico do Brasil, pentacampeão mundial, e foi tentando até convencê-lo. Ancelotti colocará em prática seu verbo favorito, "vencer", mas agora em português: ganhar.

Carlo Ancelotti Foto: AFP

A difícil situação em que Carlo Ancelotti assume a Seleção Brasileira
O Brasil, que hoje em dia não parece o Brasil que desceu do céu à terra, precisa urgentemente melhorar, se reerguer, para que aquela camisa amarela volte a gerar pânico e para que os rivais voltem a respeitá-la. O Brasil está tropeçando nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. É estranho olhar para a classificação hoje e não ver o primeiro, o segundo ou mesmo o terceiro. Brasil, quarto? Sim. Esquisito. Nesta turbulenta fase classificatória, a seleção já teve vários técnicos: depois da Copa do Mundo do Catar, foi Tite quem assumiu e Ramón Menezes se tornou técnico interino, depois Fernando Diniz assumiu como outro técnico interino, Dorival Junior chegou e saiu porque teve que sair depois da derrota por 4 a 1 para a Argentina em Buenos Aires, e se os alarmes dos pentacampeões mundiais não estavam soando, com esse resultado todos dispararam. Brasil, sobre suas ruínas. Brasil, em cinzas. A reconstrução era necessária e já começou, e começou no topo, com a escolha de um treinador que sabe vencer e é respeitado no mundo todo. Esse é Carlo Ancelotti, que ainda nem terminou a temporada na Espanha pelo Real Madrid, mas já pode começar a ter aulas de samba e português. Ganho, dizem, e ele já pratica.

A Argentina derrotou o Brasil nas eliminatórias. Foto: Efe e AFP

Carlo Ancelotti, de um grande jogador de futebol a uma carreira brilhante como treinador
Carlo Ancelotti é italiano, tem 65 anos e completará 66 anos no dia 10 de junho, dia em que o Brasil enfrenta o Paraguai nas eliminatórias. Ele era jogador de futebol, jogava como meio-campista, era um jogador elegante em campo. Ele jogou pelo Parma, Roma e Milan. Ele era um organizador, um líder, um vencedor, um maestro que rapidamente se sentou no banco para ver o futebol pelos olhos de um treinador. Sua carreira de treinador é extensa e bem-sucedida: Reggiana, Parma, Juventus, Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain, Real Madrid, Bayern de Munique, Napoli, Everton e Real Madrid novamente, nessa ordem. Ele ganhou muito. Vencer é sua virtude.
Ele foi o primeiro treinador a vencer as cinco principais ligas europeias: na Inglaterra com o Chelsea (2010), na Itália com o Milan (2004), na França com o Paris Saint-Germain (2013), na Alemanha com o Bayern de Munique (2017) e na Espanha com o Real Madrid, duas vezes (2022 e 2024). Ele é o treinador mais bem-sucedido da Liga dos Campeões; Ele venceu cinco vezes, duas pelo Milan e três pelo Real Madrid. Ele é uma máquina de fazer os times que ele comanda vencerem. Ele não participou de seleções, essa é a dívida dele. Vá para uma Copa do Mundo, lute por uma Copa do Mundo. Para alguém chamado Ancelotti, essa deve ser a nova motivação. Ninguém comanda o Brasil sem pensar em ser campeão do mundo, muito menos ele.

Carlo Ancelotti e seu último título da Liga dos Campeões com o Real Madrid, no ano passado. Foto: EFE

Carlo Ancelotti é um treinador lendário. É isso que seu currículo deve dizer. Eu sou Ancelotti e sou uma lenda, mas ele nunca dirá isso. Apesar de ter conquistado tantas coisas, ele não é daqueles que usam medalhas no peito. Ele venceu com seu estilo calmo, tranquilo e controlado, exagerado para aqueles que estão atrás do sangue que é tão facilmente derramado nessa posição de treinador. Ancelotti parece um cara carismático; É isso que ele projeta em quadra, enquanto masca chicletes, um atrás do outro, como se quisesse enganar as emoções, e em suas coletivas de imprensa, quando responde com inteligência e sem surpresas. Às vezes, até com humor – “Não posso pedir ao Papai Noel que não me traga críticas em 2025”.
Não é um treinador polêmico, não se envolve em polêmicas – "Não quero falar do árbitro" –, não responde a provocações, é uma pessoa de palavras simples, com seu espanhol habilidoso, ou seu francês ou inglês fluentes. Ele é um defensor dos seus jogadores, um daqueles treinadores que assumem a culpa coletiva como sua para proteger aqueles sob seu comando. Um para-choque. O oposto de Mourinho, Simeone ou Antonio Conte. Ancelotti é Ancelotti, o avô bonzinho, de cabelos grisalhos e aparência de quem não dá instruções, mas sim conselhos.

Carlo Ancelotti Foto: EFE

Antes de retornar ao Real Madrid (em 2022), Ancelotti passou pelo Bayern, pelo Napoli e depois pelo Everton da Inglaterra, um time menor em comparação aos gigantes que ele havia comandado, e lá construiu uma equipe que se tornou competitiva e à qual adicionou James Rodríguez, que tem sido como seu suposto filho; Ele o teve no Madrid, levou-o para o Bayern, quase o levou para o Napoli e pediu-o para o Everton. Ele foi seu defensor, seu pai no futebol. O que seria de James sem Ancelotti? "Carlo tem excelentes habilidades de gerenciamento de equipe, ele provou isso no mundo todo, ele é espetacular, ele é o melhor do mundo para mim, sempre joguei com ele... havia algo nele", disse o próprio James uma vez. Ancelotti voltou ao Real Madrid para resgatá-lo de um naufrágio e colocá-lo de volta em seu devido lugar, em terra firme. Eles venceram a Liga e a Liga dos Campeões na temporada passada. Mas eles não ganharam nada dessa vez... O romance acabou? A lua de mel foi interrompida? Não parece. A imprensa madrilena noticiou recentemente que o Real Madrid e Ancelotti não se separaram completamente, que apenas darão tempo um ao outro, como casais, e que concordaram em retornar quando a aventura do italiano com o Brasil terminar, depois da Copa do Mundo de 2026, e não necessariamente como treinador. Então o treinador parte sem discórdia, sem inimizade. Há uma razão para ele ser o melhor amigo do técnico do Real Madrid, Florentino Pérez: "Há um capitão do navio aqui, e ele é Florentino", ele disse uma vez.
O elegante e impecável terno preto de Ancelotti, com gravata e colete, parece sua armadura à prova de fogo. Ancelotti não se intimida com os ataques da imprensa ou com a pressão dos torcedores e não se deixa abalar pelos terremotos esportivos. Ele cumpre perfeitamente o ditado do futebol que diz que se você não gosta de problemas, não deveria ser técnico de um time grande. Ancelotti, livre de vaidade, não se deixa abalar pelos problemas e nunca perde o rumo diante das adversidades. “Ele é um treinador extraordinário e um homem comum”, diz Jorge Valdano, ex-treinador e jogador do Real Madrid. "Muito importante, mas nunca acima dos jogadores. Ele ganha ou perde com a mesma facilidade, nunca se faz de bobo tentando justificar o injustificável e nunca perde um segundo sequer com o mau gosto da demagogia", acrescenta Valdano em seu livro Fútbol: el juego infinito. A coisa mais extravagante que ele fez foi aparecer usando óculos escuros e um charuto na boca (um charuto que ele não fumou porque ele não fuma) quando ganhou sua quinta Liga dos Campeões, a 14ª do Real Madrid. Uma foto que viralizou, uma foto meme, ele, Ancelotti, o mais vitorioso da Champions League, um meme, inacreditável. Em relação à gestão do vestiário, diz-se que Ancelotti inspira confiança suficiente em seus jogadores. Sua atitude calma funciona como um anestésico para momentos críticos. Um pacifista. Se o time vencer, Ancelotti se refugia em sua própria sombra, quase despercebido, e se o time perder, ele será o primeiro a enfrentar o Arsenal, que está de olho nele. Além disso, ele está acostumado a treinar craques, sejam eles difíceis como Vinícius, que também terá no Brasil, ou mais nobres, como Modric. Seu método parece simples: ele não comanda, ele convence. "Ancelotti é como aqueles cães pastores que parecem preocupados apenas em manter o rebanho unido. Ele pratica medicina preventiva todos os dias para que o vestiário não seja um amontoado de vontades soltas, mas uma equipe", acrescenta Valdano.
Brasil, o novo destino de Carlo Ancelotti
É segunda-feira, 12 de maio. O Real Madrid acorda com a ressaca da derrota no Clássico contra o Barcelona, ​​que era a sua última chance de lutar pelo título da LaLiga, que acabou perdendo. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está com a notícia em espera e não pode esperar mais, por isso está divulgando em suas redes sociais:
“A maior seleção da história do futebol agora será liderada pelo técnico mais bem-sucedido do mundo”, e a foto de Ancelotti em seu terno preto com o braço direito levantado. E, enquanto isso, no Real Madrid, silêncio. A notícia se espalhou pelo mundo em questão de segundos. O segredo aberto era uma realidade. Ancelotti é o técnico do Brasil. 10 milhões de euros por ano; Foi isso, diz a imprensa brasileira, que eles combinaram. Um número astronômico. O Brasil está fazendo de tudo para contratar um técnico como ele. Sua chegada, porém, já está gerando barulho. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva questionou: “Não tenho nada a ver com o fato de ele ser estrangeiro... o que eu acredito é que temos técnicos no Brasil que poderiam comandar a Seleção”, disse ele. O italiano ainda não chegou e já enfrenta o problema da crise na CBF após a demissão do presidente Esnaldo Rodríguez, seu signatário, por suposta fraude. Uma tempestade. Enquanto isso, algumas figuras lendárias do Brasil já dão boas-vindas ao treinador, como Rivaldo e Romário, que preveem sucesso, e seus colegas europeus já o veem com cautela. O técnico do PSG, Luis Enrique, brincou: "É óbvio que não desejo sucesso nem ao Brasil nem ao Ancelotti porque quero que minha seleção tenha sucesso."

Lula da Silva e Carlo Ancelotti Foto: EFE

A imprensa europeia revelou que a primeira coisa que Ancelotti fez, após acertar com o Brasil, foi convocar Neymar e Casemiro, dois dos principais jogadores da seleção, para começar a dar as bases para seu projeto, que começa forte contra Equador e Paraguai.
Na segunda-feira, o italiano estreia no Brasil. Ancelotti venceu em muitos idiomas, agora ele quer vencer em português...
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