Da homenagem de Mbappé a Diogo Jota à sinceridade de Alexander-Arnold: "Estou arrasado, devastado e em choque. Ele era mais que um amigo."

Trent Alexander-Arnold mal conseguia articular as palavras na zona mista do Metlife Stadium . "Ainda estou em choque ", admitiu. O jogador inglês quis falar após a vitória do Real Madrid sobre o Borussia Dortmund para homenagear seu "amigo" Diogo Jota e o irmão deste, André Silva , que morreu na manhã de quinta-feira em um acidente de carro em Zamora. "Toda vitória agora será para ele", insistiu o lateral, que dividiu cinco anos com o jogador português no Liverpool.

Trent vivenciou a partida com emoção desde o momento em que toda a equipe do Metlife em Nova Jersey ficou em silêncio. Foi um momento que tocou o coração dos torcedores em um estádio com capacidade para mais de 80.000 pessoas. Imagens de Diogo Jota e André Silva apareceram nos placares de vídeo e, após a homenagem, Trent se afastou dos companheiros para fazer uma oração sincera.

"Só tenho pensamentos e orações carinhosas pela família dele. Não consigo descrever como a família dele se sentirá, nem como eu me sinto agora", explicou ele na zona mista. "É difícil colocar em palavras quando algo assim acontece com alguém que você chama de amigo, alguém com quem você riu tanto e alguém que você amou tanto dentro e fora de campo. É devastador para muitos de nós, verdadeiramente devastador . Não consigo acreditar que aconteceu", continuou.

"Acordei com muitas mensagens"

O lateral inglês foi titular e deu assistência para Fran García na vitória do Real Madrid por 2 a 0, momento em que a maioria de seus companheiros se aproximou para abraçá-lo. Ele sorriu timidamente, mas era claro, e compreensível, que sua mente estava em outro lugar.

"Estou com o coração partido, para ser sincero. Com o coração partido. Ele foi incrível dentro e fora de campo. Um verdadeiro cavalheiro em todos os sentidos da palavra. Meu coração está com a família dele, e esta vitória foi por ele. Cada vitória será para ele e sua família", disse ele.

Devido ao fuso horário da Europa, a notícia do acidente chegou cedo nos EUA, então ele viu todas as mensagens ao acordar. "Só me lembro de acordar com um monte de mensagens dizendo 'descanse em paz', e eu estava superconfuso. Precisei verificar as redes sociais e pensei: 'Não pode ser', 'Não pode ser'. Ainda estou em choque . Ele era mais do que um amigo. Ele era da família", admitiu.

Trent foi substituído no segundo tempo de uma partida que acabou indo por água abaixo para o Real Madrid, embora, graças ao gol de Kylian Mbappé e à defesa final de Thibaut Courtois , eles enfrentem o PSG nas semifinais do Mundial de Clubes. "Acreditamos que podemos vencer qualquer um", disse Trent, que foi elogiado por Alonso na sala de imprensa. "Ele está conosco há três semanas, depois de 15 anos no Liverpool... Isso leva tempo . Ele está crescendo em integração, em compreensão de novas ideias. Temos que estar com ele todos os dias, mas estamos felizes."

O gol de Mbappé foi seu primeiro no torneio, e ele também quis prestar homenagem a Diogo Jota , fazendo um 2 e um 0 com as mãos em memória do número 20 do futebolista português. "Vejo o Kylian bem, ele não é perfeito, ainda não está 100%, há dias em que ele terá melhores sensações para as semifinais", explicou.

Huijsen: "Peço desculpas"

Outro jogador-chave na partida foi Dean Huijsen , que foi expulso e desfalcará a semifinal contra o PSG. "Peço desculpas pela expulsão e por não poder ajudar o time na próxima partida", escreveu ele nas redes sociais. O zagueiro agarrou Serhou Guirassy quando este era o último homem, levando o Dortmund a uma vantagem de 3 a 2 e à pressão final sobre o gol de Courtois, que o belga resolveu com uma defesa sensacional.

"Eu não queria prorrogação e me dediquei de corpo e alma ", admitiu Courtois, que insistiu que o cartão vermelho de Huijsen foi "desnecessário". " Dean ficou irritado porque acho que foi um cartão vermelho um pouco desnecessário , mas os atacantes são muito espertos. Eles tocam nele um pouco com a mão e depois caem. Se você tentar tocar a bola, não é cartão vermelho porque dizem que você disputou a bola, mas como é um toque com o braço, é cartão vermelho. Mas vamos tentar vencer por ele", refletiu o goleiro.