Nova Direita valida policial que negou acesso a vagão exclusivo para mulher trans; Conapred condena

CIDADE DO MÉXICO (apro) .- A sanção imposta a um policial da Secretaria de Segurança Cidadã (SSC) por impedir uma mulher trans de acessar uma área exclusiva para mulheres e crianças no Metrô gerou polêmica na Cidade do México.
Enquanto organizações como o New Right Council apoiaram as ações do policial e questionaram a política de inclusão do governo da cidade, organizações como o Council to Prevent and Eliminate Discrimination (COPRED) condenaram o incidente como discriminatório.
Em nota, o Conselho da Nova Direita criticou diretamente a gestão da prefeita Clara Brugada, após a policial militar ser punida pelos fatos ocorridos na estação Merced, da Linha 1 do Sistema Integrado de Transporte Coletivo (STC) do Metrô.
"Uma medalha de ouro por reinterpretar a biologia, uma medalha de prata por fazer lavagem cerebral nos cidadãos e fazer a Agenda 2030 das Nações Unidas parecer um manual de instruções para a vida cotidiana que viola a família, a biologia e a sanidade do cidadão comum", declarou a organização político-religiosa, que também exigiu que a agência liderada por Pablo Vázquez retirasse a sanção imposta ao funcionário.
O caso se tornou público em 12 de agosto, quando um vídeo gravado pela própria mulher trans começou a circular nas redes sociais. Nele, o policial uniformizado bloqueia sua passagem e diz: "Você está em uma área restrita para mulheres. Você não é uma mulher, você é um cavalheiro."
COPRED condena discriminaçãoEm contraste, o Conselho para Prevenir e Eliminar a Discriminação (COPRED) descreveu o ocorrido como um ato discriminatório em uma publicação compartilhada em suas redes sociais:
"Na Cidade do México, a discriminação é proibida e ilegal, por isso essas ações foram tomadas dentro do marco regulatório deste Conselho", afirmou a organização presidida por Geraldina González de la Vega.
No X, usuários como María Fernanda Morales apoiaram a posição da COPRED: "É necessário que as escolas ofereçam cursos sobre inclusão e gênero, para evitar que as pessoas continuem comentando bobagens como as que dizem em publicações relacionadas a este caso. Precisamos deixar de ser tacanhos e nos abrir sobre o fato de que a ideologia de gênero mudou."
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