Aumento dos preços do petróleo bruto impulsiona preços de empresas petrolíferas no mercado de ações

As ações das empresas petrolíferas de capital aberto tiveram um aumento na semana passada, impactadas pelo aumento dos preços internacionais do petróleo após os ataques no Oriente Médio.
As ações da petrolífera norueguesa Equinor foram as que mais subiram, subindo 13,17%, para 273,30 coroas norueguesas, seguidas pela ConocoPhillips, uma empresa dedicada à exploração e produção de petróleo e gás natural, subindo 11,17%, para US$ 96,96 por ação.
Outras empresas que se beneficiaram do aumento nos preços do petróleo bruto incluem a Petrobras, que subiu 10,80%, para 34,98 reais, e a Petrochina, empresa chinesa de petróleo e gás, que subiu 8,19%, para HK$ 7,40.
Seguindo essa lista está a colombiana Ecopetrol, que subiu 7,59%, para 1.985 pesos colombianos, enquanto a Exxon Mobil, produtora de petróleo e gás dos EUA, ganhou 7,53%, para US$ 112,12 por unidade.
O ataque de Israel ao Irã elevou os preços do petróleo bruto, já que o Oriente Médio produz cerca de um terço do petróleo mundial, e um conflito maior poderia restringir esse fornecimento.
Analistas do Banorte destacaram em comunicado que a semana foi marcada pelo aumento da aversão ao risco após a intensificação das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
"O ataque de Israel ao Irã (e a resposta do Irã) aumentou as preocupações sobre uma escalada para uma guerra mais ampla", observaram.
Eles também explicaram que a região produz cerca de um terço do suprimento global de petróleo bruto. "Nesse sentido, ativos de refúgio e aqueles correlacionados com energia foram beneficiados."
"Os mercados de petróleo ficaram alarmados com relatos de ataques israelenses à infraestrutura nuclear e de mísseis balísticos do Irã", observaram analistas do Barclays em um estudo.
Apesar do aumento de aproximadamente US$ 10 por barril nos preços nos últimos dias, "na nossa opinião, o pior cenário está longe de ser o preço", explicaram.
Gabriela Siller, diretora de análise do Banco Base, afirmou em estudo que os riscos marítimos no Golfo Pérsico, no Golfo de Omã e no Estreito de Ormuz devem aumentar.
"Vale a pena notar que aproximadamente 20 milhões de barris de petróleo passam pelo Estreito de Ormuz, representando quase 20% do petróleo mundial", diz o artigo.
Os preços do petróleo bruto sobem
Os preços do petróleo subiram mais de 10% na semana passada, marcando seu maior aumento semanal desde julho de 2022, devido à maior aversão ao risco após o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
A escalada no Oriente Médio, região crucial para a produção de petróleo bruto, acrescenta incerteza e volatilidade ao seu preço, que ainda não terminou com o impacto da disputa entre Donald Trump e a China sobre política tarifária.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 7,02%, para US$ 74,23 o barril na sexta-feira, após terem subido mais de 13%, para uma máxima intradiária de US$ 78,50.
O petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, subiu 7,26%, para US$ 72,98, após alta de 14%, para US$ 77,62, na sexta-feira. O preço da mistura mexicana para exportação subiu 7,52%, para US$ 67,94 o barril.
Na comparação semanal, o Brent subiu 11,67% e o WTI avançou 13,01%, ambos registrando seu maior ganho desde 7 de outubro de 2022, ganhando 16,54% e 15,05%, respectivamente.
No caso do mix de exportação mexicano, seu ganho foi de 13,20%, tornando-se seu maior aumento desde a semana encerrada em 4 de março de 2022, quando subiu 23,88%.
Em 2025, espera-se que o WTI suba 3,99%, o petróleo mexicano 2,57%, enquanto o petróleo Brent deve cair 0,55%.
"Os operadores decidiram buscar refúgio em ativos de menor risco diante das tensões geopolíticas no Oriente Médio e do fortalecimento generalizado do dólar", afirmaram especialistas do CIBanco em um estudo.
Eles acrescentaram que os temores de uma maior escalada do conflito entre Israel e o Irã levaram os mercados a tomar posições nos chamados ativos de refúgio seguro.
Ativos de refúgio e aqueles correlacionados com energia foram beneficiados.
O dólar recuperou terreno, sugerindo que o declínio recente é temporário e não estrutural, concordaram os especialistas.
O ouro subiu 3,49%, para US$ 3.451,09 a onça, atingindo níveis recordes na semana passada devido à aversão ao risco.
Eleconomista