Fuga de capitais: bancos veem desafio em fundos de longo prazo

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Fuga de capitais: bancos veem desafio em fundos de longo prazo

Fuga de capitais: bancos veem desafio em fundos de longo prazo
  • O México perdeu US$ 17 bilhões em dinheiro especulativo; Banxico atribui isso à volatilidade e às tarifas
    O México perdeu US$ 17 bilhões em dinheiro especulativo; Banxico atribui isso à volatilidade e às tarifas
  • Gabriela Siller, diretora do Banco Base, descreveu a saída como inusitada.
    Gabriela Siller, diretora do Banco Base, descreveu a saída como inusitada.

CIDADE DO MÉXICO (El Universal).— Em um ano de extrema volatilidade devido a temores de uma recessão global, alta inflação e tarifas, US$ 17 bilhões do chamado dinheiro especulativo deixaram os mercados financeiros nacionais.

Este é o maior desinvestimento desde a pandemia de Covid-19, quando US$ 63 bilhões fugiram do país em dois anos e meio.

Desde abril de 2024, estrangeiros retiraram seus investimentos documentados em títulos lastreados pelo governo federal, bem como em títulos de empresas listadas em bolsas de valores, de acordo com dados do Banco do México (Banxico).

Esse desinvestimento representa quase o dobro do aumento das reservas internacionais no mesmo período. Somente de janeiro a março deste ano, o Banxico registrou uma saída de carteira de US$ 541 milhões, o quarto trimestre consecutivo.

No entanto, para Gabriela Siller, diretora de Análise Econômica e Financeira do Banco Base, a retirada de capital no início de cada ano é incomum. "Isso não acontecia desde 2021 e 2022; antes desses anos, o capital não saía no primeiro trimestre desde 2009", destacou o especialista.

O Banxico revelou que, no início de 2025, os mercados financeiros internacionais, especialmente nos EUA, registraram ganhos nos mercados de ações juntamente com uma valorização do dólar, enquanto os rendimentos de longo prazo aumentaram.

Contudo, no final de fevereiro, a autoridade monetária observou que essa tendência se inverteu. A deterioração no desempenho dos mercados financeiros, ele explicou, ocorreu em resposta a vários anúncios e à subsequente imposição de tarifas mais amplas pelo governo dos Estados Unidos.

Diante desse cenário, o Banco do México destacou que a economia mexicana continua atraindo recursos financeiros principalmente por meio de investimentos diretos, que são feitos em ativos tangíveis, como máquinas e equipamentos, pois seu objetivo é gerar interesse duradouro para fins econômicos ou comerciais.

A gestão de carteiras, por outro lado, é feita em ativos financeiros, o que facilita a saída do país.

O BBVA México destacou que o investimento direto atingiu US$ 19,807 bilhões entre janeiro e março, sugerindo que os benefícios da integração nas cadeias globais de valor continuam, apesar da incerteza em torno da política comercial dos EUA.

Juan Hernández, CEO da Vanguard América Latina, afirmou que o México agora é visto como o mais atraente da região.

Mas ele ressaltou que 70% do setor investe em fundos de renda fixa de curto prazo, algo que considerou positivo diante do impacto da alta da taxa real.

No entanto, para investimentos nos próximos 10 a 20 anos, a taxa de curto prazo não "vai servir", porque se estiver em níveis de, digamos, 10%, cairá para 4% em três anos. Nesse contexto, ele considerou como canalizar essas economias para carteiras mais sofisticadas.

Para o UBS, liquidez, diversificação e proteção contra cenários extremos continuam sendo prioridades para investidores na América Latina.

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