O Carrefour se defende da ascensão do Mercadona e dos varejistas regionais anunciando 100 inaugurações até 2025.

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O Carrefour se defende da ascensão do Mercadona e dos varejistas regionais anunciando 100 inaugurações até 2025.

O Carrefour se defende da ascensão do Mercadona e dos varejistas regionais anunciando 100 inaugurações até 2025.

Poucos dias depois de a Alcampo anunciar a demissão de 710 funcionários — 580, após negociações com sindicatos — como parte de um plano de ajuste que a empresa disse que precisava "se adaptar aos novos hábitos dos consumidores", a outra grande rede de supermercados francesa que opera na Espanha anunciou um plano na direção oposta.

Segundo o Carrefour, em comunicado, a empresa espera encerrar o ano fiscal de 2025 com mais de cem vagas em todo o país, um lançamento que resultará em 700 novas contratações. Com isso, a multinacional francesa dá continuidade ao seu sensacional lançamento na Espanha, que a tornou líder em inaugurações nos últimos seis anos. Desde 2019, e se o Carrefour cumprir o que anunciou hoje, ele terá aberto 691 lojas na Espanha, elevando o total para mais de 1.600 unidades. Em termos financeiros, isso representa um investimento de mais de € 150 milhões desde 2019.

O contexto, porém, é o mesmo que o da Alcampo. A ascensão dos supermercados regionais e a forte concorrência da poderosa Mercadona não estão facilitando as coisas para as grandes redes.

Para o Carrefour, seu investimento multimilionário nos últimos seis anos serviu apenas para se manter e manter sua participação de mercado contra Lidl e Eroski, que estão atrás com participações de mercado de 6,5% e 4,3%, respectivamente. Apesar das inaugurações, sua participação de mercado em 2024 foi de 9,8%, muito abaixo da Mercadona (26,6%) e idêntica à de 2023, enquanto a empresa de Juan Roig cresceu 0,5% no ano passado.

Os dados constam do último relatório anual sobre o setor, elaborado pela consultoria Kantar, que há muito tempo alerta para uma mudança nos hábitos de compra dos consumidores, com estes optando cada vez mais por redes regionais com raízes locais e uma ampla gama de produtos locais. Segundo a Kantar, elas já detêm uma participação de mercado de 18%.

Há poucos dias, a ABC noticiou — segundo dados da associação patronal Asedas — que, desde 2021, os supermercados regionais ganharam mais de 10% de seu espaço de varejo, o dobro da média do setor (4,3%). Em termos de número de lojas, elas aumentaram de 3.750 para 4.130 neste período de cinco anos. Isso está pressionando as grandes redes, que cada vez mais dão sinais de terem atingido seu limite.

Entre outras razões, isso se deve à aposta no modelo de grandes supermercados, que atualmente está perdendo participação de mercado para conceitos locais e de franquias. Aliás, não é de se surpreender que a grande maioria dos cem centros que o Carrefour abrirá sejam Carrefour Express, e nenhum será um hipermercado.

"Estamos comprometidos com uma estratégia que combina diferentes formatos, como hipermercados e supermercados locais e de conveniência. Queremos estar onde nossos clientes estão e oferecer a eles o melhor pelo melhor preço, que é o que diferencia o Carrefour Espanha", explicou Elodie Perthuisot, CEO do Carrefour Espanha.

ABC.es

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