Telefónica vende sua subsidiária equatoriana para Millicom por 330 milhões e avança com sua saída da América Latina.

A Telefónica concordou em vender sua subsidiária equatoriana (Otecel) para a Millicom Espanha por US$ 380 milhões (cerca de € 330 milhões na taxa de câmbio atual), anunciou a empresa na sexta-feira à noite por meio da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).
"Hoje, a Telefónica Hispanoamérica, subsidiária integral da Telefónica, chegou a um acordo para vender à Millicom Espanha a totalidade das suas ações na Otecel (Telefónica Equador), representativas de 100% do seu capital social. O valor da transação para esta empresa é de US$ 380 milhões (aproximadamente € 330 milhões à taxa de câmbio atual), e o preço correspondente está sujeito aos ajustes habituais neste tipo de transação", afirmou a operadora.
Desta forma, a empresa continua avançando em sua estratégia de redução de exposição na América Latina, o que já se materializou na venda de suas filiais na Argentina (para o grupo Clarín por aproximadamente 1,19 bilhão de euros), Peru (para a argentina Integra Tec International por 900.000 euros), Uruguai (para a Millicom Espanha por 389 milhões de euros) e Colômbia (para a Millicom por 368 milhões de euros).
Neste contexto, vale destacar que a venda das filiais da Telefónica na Argentina e no Uruguai já foi concluída e assinada, enquanto as transações no Uruguai, Colômbia e agora Equador estão pendentes de certas aprovações regulatórias.
"O fechamento da transação também está sujeito a determinadas condições, incluindo a obtenção das aprovações regulatórias pertinentes. Esta transação faz parte da política de gestão de portfólio de ativos do Grupo Telefónica e está alinhada à sua estratégia de redução da exposição à América Latina", enfatiza o comunicado da Telefónica enviado à CNMV na noite de sexta-feira.
A filial da Telefónica no Equador tem cerca de 5 milhões de clientes e sua participação de mercado no país ficou em torno de 28% no final do primeiro trimestre do ano fiscal, atrás da Claro (54%) e acima da CNT (18%).
A Millicom, por sua vez, afirmou em comunicado que esta transação fortalece sua presença na América do Sul ao expandir-se para um país com uma economia estável, dolarizada e "fundamentos macroeconômicos favoráveis".
"O acordo fortalece significativamente a presença regional e o alcance comercial da Millicom, estabelecendo as bases para inovação, inclusão digital e crescimento sustentado a longo prazo. O setor de telecomunicações do Equador, apoiado pela expansão constante dos serviços móveis e de banda larga e por um ambiente regulatório comprometido, oferece uma plataforma atraente para a Millicom impulsionar a transformação digital", acrescentou a empresa.
Nesse sentido, o CEO da Millicom, Marcelo Benítez, enfatizou que a aquisição da subsidiária equatoriana da Telefónica reflete a confiança de longo prazo de sua empresa na América Latina.
"O Equador oferece um mercado digital dinâmico e crescente em uma economia estável e dolarizada, o que o torna ideal para a estratégia da Millicom. Ao expandir nossa presença na América do Sul, fortalecemos nossa plataforma para inovação, diversificação e criação de valor a longo prazo", acrescentou o executivo.
ABC.es