Uma visita de alto nível à embaixada argentina em Washington e o interesse dos EUA em Vaca Muerta

O setor energético argentino, e Vaca Muerta em particular, está gerando grande interesse nos Estados Unidos, como demonstrado pela visita do secretário de Energia de Donald Trump, Chris Wright, à embaixada argentina em Washington, onde se reuniu com empresas públicas e privadas dos Estados Unidos e da Argentina.
Na sede diplomática na New Hampshire Avenue, foi realizada uma mesa redonda para posicionar a Argentina como um ator-chave no setor energético, ao lado do Council for a Secure America (CSA), uma organização focada na segurança energética global e no interesse dos Estados Unidos em manter uma aliança forte com Israel.
Segundo o Clarín, a reunião contou com a presença de dirigentes de 23 empresas do setor, entre elas a Continental Resources, a Valero Energy e um representante do magnata do petróleo Harold Hamm. Veja destacou a presença de Wright, a principal autoridade dos EUA em energia, juntamente com o secretário adjunto designado David Eisner, que demonstrou interesse nas oportunidades da Argentina, particularmente em Vaca Muerta.
Líderes empresariais estavam particularmente interessados nas reformas econômicas implementadas pelo presidente Javier Milei, no regime RIGI que permite investimentos em larga escala e no progresso rumo ao fim dos controles cambiais, de acordo com o Clarín.
O embaixador Alec Oxenford disse que "o setor energético é uma das áreas prioritárias no relacionamento bilateral entre a Argentina e os Estados Unidos, tanto do ponto de vista geopolítico quanto em termos de atração de investimentos, criação de empregos e desenvolvimento econômico sustentável em nosso país".
Oxenford destacou a eficiência e a produtividade da rocha Vaca Muerta, a resiliência do negócio aos voláteis preços internacionais do petróleo e sua vantagem comparativa no desenvolvimento do setor não convencional.
Junto com o vice-chefe da missão, Juan Manuel Cortelletti, e a assessora econômica e comercial, Julia Hoppstock, o embaixador destacou o papel estratégico das empresas e empresas de tecnologia dos EUA na transformação de Vaca Muerta em uma plataforma global de energia. Também foram discutidos projetos-chave de infraestrutura e transporte de gás natural e petróleo não convencional, essenciais para expandir a capacidade de exportação da Argentina.
"Foi um privilégio para mim receber o Secretário de Energia dos EUA e participar de uma conversa tão envolvente sobre nosso relacionamento bilateral e as oportunidades que temos pela frente", disse Oxenford, que, para fortalecer o relacionamento bilateral, convidou Wright para visitar a Argentina.
O funcionário de Trump é um ex-executivo de petróleo e gás da Liberty Energy, a segunda maior empresa de fraturamento hidráulico da América do Norte. Ele também atuou nos conselhos de outras empresas de energia nuclear e empresas ligadas a direitos de mineração.
No dia anterior, a Argentina também foi destaque em um café da manhã com investidores organizado por Susan Segal, diretora do Conselho das Américas. O encontro reuniu empresas importantes dos setores de energia, mineração, agronegócio, farmacêutico, bancário e consultoria.
Estiveram presentes representantes da Pepsi, Google, Mastercard, das mineradoras Rio Tinto, South 32 e Newmont, além da Chevron e da Ericsson, entre outras empresas interessadas na Argentina. Nesse contexto, Oxenford descreveu a agenda de reforma econômica de Milei, a relação entre os Estados Unidos e a Argentina e as recentes eleições em Buenos Aires.
Clarin