Direitos aduaneiros: as zonas cinzentas deixadas pelo acordo entre Ursula von der Leyen e Donald Trump

Donald Trump recebeu seus convidados em sua propriedade escocesa em Turnberry no domingo, 27 de julho, sem um memorando escrito, ao contrário da delegação europeia, cujos membros tinham documentos prontos para consulta. Uma vez resolvido o assunto, o presidente americano leu uma simples folha de papel solta em letras grandes para a imprensa, que então dobrou em quatro e guardou no bolso interno do paletó. Nenhum registro escrito desse acordo foi disponibilizado aos jornalistas ou ao público em geral.

Os principais parâmetros foram revelados oralmente pelos dois líderes: a maioria das exportações europeias para os Estados Unidos será taxada em 15% , com algumas exceções; os europeus também dizem que querem comprar enormes quantidades de produtos energéticos americanos e investir centenas de bilhões de dólares nos Estados Unidos.

Essa abordagem é consistente com a prática estabelecida por Donald Trump. Nenhum dos "acordos" triunfantemente concluídos pelo ex-empresário americano com países terceiros, incluindo o Reino Unido e o Japão, foi implementado legalmente até o momento. Na maioria das vezes, é necessário se contentar com promessas feitas em voz alta, longe das formas comuns de um acordo comercial.

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