Na Etiópia, África espera falar a uma só voz sobre as alterações climáticas
Todos os países do continente estão reunidos em Adis Abeba para a Cúpula Africana do Clima. O objetivo deste ano é encontrar soluções, já que o continente é a primeira vítima das mudanças climáticas e as promessas de financiamento dos países ricos continuam adiadas.
Mais de 45 chefes de estado, 25.000 participantes e bilhões de dólares em espera: até 10 de setembro, a Etiópia sediará a segunda Cúpula Africana do Clima.
Enquanto em 2022 as conclusões da COP 27 , que decorreu na estância balnear de Sharm El-Sheikh, no Egipto, levaram à criação de um fundo para “perdas e danos”, os pagamentos prometidos pelos países mais desenvolvidos aos mais pobres continuam pendentes.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que os países mais vulneráveis precisam de US$ 395 bilhões para se adaptar às mudanças climáticas. Atualmente, apenas US$ 361 milhões estão disponíveis, dos US$ 789 milhões prometidos pelos países mais ricos para compensar as emissões de gases de efeito estufa, dos quais a África representa apenas 4% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Perante esta falta de resposta, o The Daily Nation salienta que “os países africanos já gastaram uma média de 5% do seu produto interno bruto por ano – e muitos deles foram forçados a destinar 9% do seu orçamento – para lidar com fenómenos meteorológicos extremos”.
A União Africana organizou, por isso, esta cimeira sob os auspícios da unidade: poderá conduzir a uma declaração
Courrier International