Europeus estavam prontos para ceder às "tarifas" de Trump: falharam, devemos preparar a resposta

Vários países, liderados pela Alemanha e pela Itália, pressionavam por um acordo rápido com Washington. Mas as novas exigências de Trump, que impõem tarifas de 30% à UE, estão forçando os 27 a reagir.

Por Timothy Vilars

Publicado em 14 de julho de 2025 às 19h54. , atualizado em 14 de julho de 2025 às 20h10.

O chanceler alemão Friedrich Merz e a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, em Kananaskis, em 16 de junho. — O chanceler alemão Friedrich Merz e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, em Kananaskis, em 16 de junho. BRENDAN SMIALOWSKI / AFP

Google Notícias Assine para ler

Tratamento especial e promessas de gastos não terão mudado nada. No sábado, 12 de julho, Donald Trump anunciou em carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que imporia tarifas de 30% sobre produtos europeus a partir de 1º de agosto, uma taxa comparável à de outras regiões do mundo. Em Bruxelas, onde se trabalha há meses em um acordo negociado, a carta foi recebida como um golpe duro. Embora os líderes da União Europeia tenham parado de sonhar alto com o estabelecimento de uma área de livre comércio transatlântica, eles ainda acreditaram até o último minuto na possibilidade de um acordo diante do aumento das trocas "produtivas" entre as equipes de Trump e o braço direito de Ursula von der Leyen, o comissário de Comércio Maroš Šefčovič.

O acordo proposto parecia quase razoável: um imposto geral de 10%, com isenções para setores-chave como siderurgia, automóveis e aeronáutica. Emmanuel Macron torceu o nariz para esse "mal menor", mas o chanceler alemão Friedrich Merz e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni pressionaram por um acordo "rápido" . Mesmo quando Trump começou a enviar sua enxurrada de cartas ameaçadoras a outros parceiros...