Índia busca medidas para combater distorções comerciais

A Índia pediu medidas para lidar com as distorções comerciais causadas por economias não mercantis, barreiras não tarifárias e a restauração de um forte mecanismo de solução de controvérsias na Organização Mundial do Comércio (OMC), disse o ministro do Comércio e Indústria, Piyush Goyal, na quarta-feira. O ministro, no entanto, insistiu que não se deve tirar conclusões precipitadas de que uma crise existencial foi criada no organismo multilateral de comércio. Em uma mini-reunião ministerial convocada pela Austrália, Goyal também defendeu o fortalecimento da atual abordagem baseada em consenso na OMC e o tratamento especial e diferenciado dado aos países menos desenvolvidos e aos países em desenvolvimento. "No geral, as preocupações compartilhadas de todos os ministros foram apresentadas à reunião de hoje", disse Goyal. "Todos nós resolvemos trabalhar coletivamente para fortalecer o funcionamento da OMC, para garantir que os princípios fundamentais sejam respeitados e trabalhar em prol do bem global e do crescimento global do comércio", disse ele, acrescentando que as questões que já foram finalizadas e mandatadas em reuniões ministeriais anteriores devem ser focadas.
A reunião foi realizada à margem da reunião do Conselho Ministerial da OCDE. Cerca de 25 ministros de membros da OMC, incluindo Austrália, UE, Canadá, Cingapura e França, e a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, participaram da reunião. A resolução de questões agrícolas, incluindo encontrar uma solução permanente para a estocagem pública de grãos alimentícios e encontrar soluções para lidar com as preocupações com a sobrepesca e a pesca indiscriminada, que estão levando ao esgotamento dos estoques pesqueiros, foram os outros temas discutidos. "Há preocupações com várias JSIs (iniciativas de declaração conjunta) (ou) plurilaterais, que alguns países acreditam que devem ser incluídas no quadro multilateral", disse ele. Sobre a proposta liderada pela China para um pacto de facilitação de investimentos para o desenvolvimento, o ministro disse que as questões que foram definidas na OMC devem ter prioridade e ser as primeiras a serem resolvidas. Questões que vão além do comércio, como esta proposta, não devem ser abordadas, pois criariam ainda mais diferenças entre os países membros, disse ele. Sobre se algum membro levantou a questão do acordo de arbitragem interina multipartidária (MPIA), ele disse: "Não parece haver muito consenso ou qualquer aceitação dessa ideia... Não ouvi falar de nenhum caso resolvido por meio do MPIA". (O correspondente está em Paris a convite do Ministério do Comércio e Indústria.)

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