Declarações emocionais de mães abrem inquérito em Ontário para sete detentos de Maplehurst após mortes por overdose

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Declarações emocionais de mães abrem inquérito em Ontário para sete detentos de Maplehurst após mortes por overdose

Declarações emocionais de mães abrem inquérito em Ontário para sete detentos de Maplehurst após mortes por overdose
Kitchener-Waterloo · Atualizado
Placa de pedra do lado de fora de um prédio com um jardim na frente. A placa diz
O Complexo Correcional de Maplehurst, em Milton, Ontário, abriga cerca de 1.500 detentos em regime de segurança média e máxima. Um inquérito sobre sete homens que morreram de overdose de drogas enquanto estavam presos está em andamento há quase duas semanas. (Evan Mitsui/CBC)

O inquérito do legista sobre as mortes de sete detentos por overdose de drogas enquanto estavam encarcerados no Complexo Correcional de Maplehurst, em Milton, Ontário, começou na manhã de segunda-feira com declarações emocionadas das famílias dos homens sendo lidas para o júri.

Os homens morreram em Maplehurst ou após transferência para o Halton Healthcare entre junho de 2017 e outubro de 2019.

Seus nomes e datas de falecimento são:

  • Wesley Da Silva, 40, de Cambridge, 4 de outubro de 2019.
  • Cory Hemstead, 31, de Brampton, 19 de junho de 2029.
  • Shawn Irvine, 38, de Kitchener, 29 de outubro de 2018.
  • Derek Johne, 28, de Magnetawan, 20 de junho de 2017.
  • Curtis McGowan, 32, de Guelph, 6 de outubro de 2017.
  • Peter Ormond, 38, de Kitchener, 25 de setembro de 2017.
  • Rattanbir Sidhu, 23, de Cambridge, 7 de maio de 2019.

O inquérito, que está sendo realizado virtualmente, deve ouvir 25 testemunhas ao longo de 13 dias.

Tudo começou pela manhã com o advogado do inquérito Jai Dhar lendo as declarações das famílias, começando com uma da mãe de Da Silva, Liz.

Ela descreveu seu filho como uma pessoa magnética que amava animais.

Ele deveria estar seguro. Estava lá para pagar por seus erros, não para morrer. - Mãe de Wesley Da Silva, detento de Maplehurst que morreu em 2019.

"Wesley era meu único filho, o amor da minha vida, meu presente precioso", disse ela.

Da Silva também escreveu sobre sua raiva pelo sistema, que ela acredita que deveria ter mantido seu filho seguro.

"Não consegui segurá-lo, nem segurar sua mão, nem me despedir", diz a declaração de Da Silva.

"Ele deveria estar seguro. Ele estava lá para pagar pelos seus erros, não para morrer."

'Meu filho precisava de ajuda, mas em vez disso ele conseguiu drogas'

O sentimento de Da Silva foi compartilhado por Cathy Johne, mãe de Derek.

Em sua declaração, Johne descreveu sua consternação com a equipe da prisão.

"Derek estava sob custódia. Ele deveria estar seguro", dizia o comunicado.

Johne disse que seu filho ficava preso com frequência, mas isso lhe dava algum conforto.

"Eu sempre fui grata quando ele estava na prisão porque acreditava que ele estava seguro, não sofrendo uma overdose na rua em algum lugar", ela escreveu.

Ela disse que Derek queria melhorar e que estava cansado da vida dentro e fora da prisão.

"Meu filho precisava de ajuda, mas em vez disso ele recebeu drogas", ela escreveu, acrescentando: "Ele pensou que seria liberado em alguns dias, mas em vez disso, fizemos seu funeral."

Irmã do homem e outras testemunhas se dirigirão ao júri

Em Ontário, inquéritos sobre mortes ocorridas durante a custódia são obrigatórios pela Lei dos Legistas.

O Complexo Correcional de Maplehurst abriga cerca de 1.500 detentos em regime de segurança média e máxima. O inquérito examinará as circunstâncias da morte dos homens e o júri poderá então fazer recomendações para evitar novas mortes.

Amber McPherson, irmã de McGowan, está entre os que devem falar perante o júri.

Em uma entrevista à CBC News quando o inquérito foi aberto em abril, ela disse que é importante que as pessoas saibam que seu irmão era mais do que apenas um viciado que morreu na prisão.

"Eu gostaria de manter o nome do Curtis porque ele era alguém. Ele poderia ter melhorado. Como as pessoas dizem, talvez ele esteja em um lugar melhor porque não está sofrendo agora. Mas não é nisso que eu acredito", disse ela.

Nada vai trazê-lo de volta, mas sinto que merecemos respostas. A família inteira vai participar do Zoom. E vamos levar fotos e vamos brigar. O Curtis era um cara legal. Ele era hilário. Ele tinha um coração enorme. Ele era como um grande ursinho de pelúcia.

O principal objetivo dos inquéritos é examinar publicamente as circunstâncias que cercam as mortes. O júri tem a tarefa de identificar potenciais problemas de segurança e pode fazer recomendações para prevenir futuras mortes semelhantes.

cbc.ca

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