Projeto Creer-Bim-Ec: O Asfalto do Futuro entre Palermo e Túnis

Por enquanto, existe apenas uma sigla, mas dentro de um ano se tornará um produto, após passar pelo teste de campo. É o que foi definido como "asfalto do futuro", hoje conhecido pela sigla do projeto Creer-Bim-Ec, do qual a Sicília participa, com a Universidade de Palermo, e a Tunísia, com a Universidade El Manar, em Túnis. O projeto, que foi apresentado no Palazzo dei Normanni, sede da Assembleia Regional da Sicília, faz parte do programa de cooperação Interreg Next Itália-Tunísia, financiado pela União Europeia para o vencedor, no valor de 1 milhão e 200 mil euros. A parceria Creer Bim-Ec envolve três atores públicos (além da Universidade de Palermo como líder, há a Université de Tunis El Manar e a Agence Fonciere D'Habitation que opera no setor público para o desenvolvimento de áreas residenciais na Tunísia) e dois atores privados (Respect Environment Group, uma empresa que opera na área de reciclagem de resíduos de construção e na construção de obras de engenharia civil, e Safety & Engineering, uma empresa de engenharia que projeta sistemas para obras civis e industriais). Uma iniciativa que o vice-cônsul da Tunísia em Palermo, Aymen Amti , define como um importante testemunho da relação privilegiada de cooperação e parceria entre a Tunísia e a Itália tanto para o comércio quanto para investimentos.
"O projeto consiste na produção de protótipos de pavimentos rodoviários que serão utilizados para recuperar recursos hídricos e energia térmica ou mecânica. Os pavimentos serão construídos e projetados utilizando tecnologias avançadas com alto nível de sustentabilidade e baseadas na economia circular", explica Gaetano Di Mino , professor do Departamento de Engenharia da Universidade de Palermo e diretor científico do projeto. Na prática, explicam os pesquisadores, existe a possibilidade de recuperar energia da passagem e do reboque de veículos por meio de sensores colocados no pavimento, capazes de transformar energia mecânica em energia elétrica, enquanto o pavimento drenante será utilizado para coletar água que, em seguida, passará por canais especiais que a conduzirão até tanques.
"Este é um projeto que representa o carro-chefe da engenharia digital, inteligente e sustentável", afirma Dario Lo Bosco , CEO da Italferr , que participou da apresentação do projeto. Como Italferr, consolidamos relações com a Tunísia e boas perspectivas futuras para a modernização das linhas ferroviárias 22 (Sousse-Mahdia) e 6 (Túnis-Kasserine). Além disso, acabamos de lançar a primeira ponte ferroviária estaiada da Índia, com 725 metros de comprimento e 196 metros de altura. Um recorde que confirma a liderança da Italferr na engenharia global". Neste caso, Lo Bosco destaca a importância da Ponte sobre o Estreito de Messina, "que pode se tornar um eixo estratégico para unir um grande território internacional, não apenas a Europa".
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