Ordem dos Advogados dos Estados Unidos processa Trump por intimidar advogados

A Ordem dos Advogados dos Estados Unidos (ABA) não se conforma e lança um ataque frontal ao governo Trump. Na sexta-feira passada, entrou com uma ação judicial contra a Casa Branca, acusando o presidente dos Estados Unidos de ter lançado uma verdadeira campanha de intimidação contra os principais escritórios de advocacia do país. A questão é explosiva e levanta questões perturbadoras sobre a liberdade profissional e a separação de poderes nos Estados Unidos.
Uma causa sem precedentesA ação, movida em um tribunal federal em Washington, D.C., acusa o governo de violar a Constituição dos EUA por meio de uma série de decretos executivos contra advogados e seus clientes. Segundo a ABA, esses decretos têm sido usados para forçar advogados a renunciar a clientes e cargos políticos que desagradam ao presidente .
Os nomes na miraEntre os acusados estão nomes tão importantes quanto a Procuradora-Geral Pam Bondi, o Diretor do FBI Kash Patel e o Secretário de Estado Marco Rubio. O caso evidencia uma aliança entre poder político e atividade jurídica que está abalando os alicerces do sistema jurídico americano.
As consequências para os advogadosA situação é tensa. Vários escritórios de advocacia já denunciaram as consequências devastadoras dessas ordens. Quatro deles entraram com ações judiciais separadas, reclamando da revogação de autorizações de segurança e das limitações de acesso a funcionários do governo. Juízes em Washington já deferiram os pedidos de alguns desses escritórios, bloqueando temporária ou permanentemente as ordens de Trump.
As reações da Casa BrancaA Casa Branca respondeu rapidamente. Harrison Fields, porta-voz do presidente, classificou o processo como "claramente frívolo", argumentando que a ABA não tem poder sobre a discricionariedade do presidente em conceder contratos governamentais e autorizações de segurança. "O governo está preparado para vencer nesta questão", disse ele.
Um clima de tensão crescenteO processo da ABA marca um ponto de inflexão em um conflito já acirrado entre a associação e o governo Trump. Nos últimos meses, parte do financiamento governamental para a ABA foi cortado, juntamente com tentativas de limitar seu papel na seleção de juízes federais. E o alerta de Bondi de que o credenciamento de faculdades de direito será inviável sem um requisito de diversidade deixou os legisladores abalados.
Um futuro incertoA situação continua a evoluir. Enquanto a ABA luta para proteger os direitos dos advogados e seu direito à representação, a questão permanece: quais serão as consequências dessa batalha jurídica? E qual será o impacto sobre a liberdade profissional e o sistema jurídico americano?
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