A Rússia está atacando. O golpe principal recairá sobre a Polônia.

- A Rússia está intensificando as operações de sabotagem contra a Polônia, buscando enfraquecer a sensação de segurança e confiança nas instituições estatais.
- A principal intenção de Moscou é criar a impressão de que a Polônia é incapaz de lidar com as crescentes ameaças.
- Segundo o ex-oficial de inteligência, a situação é grave e as respostas das autoridades parecem insuficientes.
A Procuradoria Nacional não tem dúvidas de que o incêndio no salão da Rua Marywilska, 44, em Varsóvia, foi motivado pela Rússia. — Foi um incêndio criminoso. Temos a certeza de que membros de um grupo criminoso organizado de caráter internacional estavam por trás desse incêndio. Em terceiro lugar, esse grupo agiu em nome da inteligência da Federação Russa — disse em maio o porta-voz da Procuradoria Nacional, Przemysław Nowak.
As provas permitiram que duas pessoas fossem indiciadas. Uma delas está atualmente presa na Lituânia. A outra ainda não foi indiciada porque está na Rússia.
Em resposta a uma pergunta parlamentar, o vice-ministro da Defesa Nacional, Paweł Bejda, disse que a Polônia continua sendo uma das áreas prioritárias de interesse e atividade de sabotagem dos serviços especiais russos.
Lemos que, num futuro próximo, a situação de segurança na área de atividades de sabotagem provavelmente permanecerá em um alto nível de ameaça com tendência ascendente.
De acordo com o Major Robert Cheda, ex-oficial da Agência de Inteligência, a Polônia continuará sendo o principal alvo das ações de sabotagem russas.
- O principal ataque russo será contra a Polônia , não contra a Lituânia ou a Moldávia, porque sem a Polônia não há flanco oriental da OTAN, nem há mobilização da Europa. E se não houver tal, os russos têm um caminho aberto para concluir acordos bilaterais, arrancando países europeus como Hungria e Eslováquia. E é por isso que quanto mais caos e divisões eles incitarem em nosso país, melhor para eles. Eles incitam o ódio das pessoas contra as pessoas, no qual são corajosamente ajudados por nossa classe política - disse Robert Cheda em entrevista ao "Dziennik Gazeta Prawna".
O especialista acrescenta que a sabotagem física continuará a ser usada como uma ferramenta para minar a confiança dos cidadãos em seu próprio estado.
- Seu principal objetivo é criar a impressão de que o Estado não tem controle sobre a situação e é incapaz de neutralizar ameaças de forma eficaz.
- Em sua opinião, é possível que em um futuro próximo surja uma força política que apele ao "senso comum" com a intenção de tirar do poder as elites comprometidas.
- Traços de influência russa podiam ser vistos nas atividades de tal grupo.
— Essa força vai crescer. Estamos em uma situação muito ruim e tenho a impressão de que ninguém tem controle sobre ela. O caos é o ambiente perfeito para atividades operacionais — resumiu o especialista em entrevista à "DGP".
wnp.pl