Júri condena Weinstein por agressão sexual
Um júri de Manhattan considerou o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein culpado em 11 de junho por cometer um crime sexual contra uma ex-assistente de produção. Os jurados ainda não chegaram a um veredito sobre todas as acusações.
A condenação anterior do magnata, de 2020, foi anulada por um tribunal de apelações do estado de Nova York no ano passado. Weinstein foi acusado de estupro e agressão. O magnata do cinema de 73 anos se declarou inocente das acusações de estuprar a aspirante a atriz Jessica Mann em 2013 e de agredir outras duas mulheres em 2006 e 2002. Ele negou consistentemente qualquer ato sexual não consensual.
Na quarta-feira, um júri considerou Weinstein culpado de uma das três acusações: agredir a ex-assistente de produção Miriam Haley em 2006. Os jurados o consideraram inocente da agressão contra Kaja Sokola em 2002, quando ela era uma aspirante a atriz de 16 anos, informou a Reuters.
O júri ainda não chegou a um veredito sobre a terceira acusação: a de estuprar Mann.
O novo julgamento de Weinstein começou em 23 de abril. Nos argumentos finais, o promotor disse aos jurados que as evidências mostravam como Weinstein usou seu poder e influência para atrair e explorar mulheres.
A defesa, por sua vez, sustentou que todos os encontros foram consensuais e que as acusadoras só inventaram suas histórias de agressão depois que suas carreiras em Hollywood não deram o resultado esperado. O advogado de defesa Arthur Aidala disse que as mulheres estavam mentindo.
Weinstein está detido em Rikers Island desde que sua condenação foi anulada em Nova York. Ele cumpre pena de 16 anos em um julgamento separado na Califórnia. Ele teve vários problemas de saúde, incluindo uma cirurgia cardíaca em setembro.
Em 2020, um júri considerou Weinstein culpado de estuprar Mann e agredir sexualmente Haley. O veredito foi um marco para o movimento #MeToo, que encorajou mulheres a denunciarem acusações de assédio sexual por homens poderosos, observou a Reuters.
O outrora poderoso estúdio Miramax de Weinstein produziu sucessos como "Shakespeare Apaixonado" e "Pulp Fiction". Mais de 100 mulheres, incluindo atrizes famosas, acusaram o produtor de comportamento inapropriado, o que ele nega.
De Washington, Natalia Dziurdzińska (PAP)
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