Brasil vira sobre a Alemanha, com novatas em destaque

Três jogos, três vitórias. O Brasil segue invicto na Liga das Nações feminina de vôlei, mas teve muita dificuldade para manter a invencibilidade. Neste sábado (7/6), no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, a aguerrida Alemanha ficou pelo caminho, derrotada por 3 sets a 2, parciais de 25-23, 21-25, 23-25, 25-20 e 15-8, numa reação com várias caras novas como protagonistas.
Neste domingo (8/6), o Brasil encerrará a participação na primeira semana da VNL diante da Itália, atual campeã da competição e medalhista de ouro em Paris. O clássico começará às 10h, com transmissão da Rede Globo, Sportv2, o streaming da VBTV e, sem imagens, no canal do Web Vôlei no YouTube.
O histórico de confrontos complicados entre brasileiras e alemãs se confirmou. Desde a criação da VNL, as vitórias verde-amarelas nunca aconteceram com placar de 3 a 0. E isso se repetiu. E para isso jovens apostas de José Roberto Guimarães saíram do banco para ajudar na construção do triunfo.
Em grande parte da partida, o Brasil teve dificuldades no passe e na construção do ataque. No primeiro set, a Alemanha ficou na frente do placar até o 22º ponto, com as donas da casa se mantendo próximas graças ao bloqueio. Para liderar a parcial pela primeira vez, um ace de Ana Cristina. Na sequência, um bom saque de Julia Kudiess foi decisivo para vitória.
O segundo set começou com completo domínio da Alemanha, abrindo 9 a 3. Com Roberta e Jheovana em quadra e algumas boas passagens pelo saque, o Brasil começou a reagir e a diferença foi caindo até o 12 a 11. O ginásio explodiu, mas as europeias mantiveram os nervos no lugar, voltaram a abrir quatro pontos de frente e desta vez souberam administrar.
Tainara começou o 3º set com apenas três pontos marcados, muito pouco para uma oposta. Nos primeiros lances da parcial, desperdiçou alguns contra-ataques até chegar no saque e fazer um ace. Ganhou uma sobrevida em quadra. Com o Brasil perdendo por 12 a 10, José Roberto Guimarães fez a troca simples para a entrada de Jheovana. A Alemanha seguiu no controle das ações, abrindo 20 a 15. Uma ótima passagem de Julia Bergmann pelo saque recolocou as brasileiras no set. Não fosse o baixo aproveitamento nos contra-ataques, o Brasil poderia ter virado.
Jheovana foi mantida no quarto set e ganhou companhia de Luzia, sua parceira no Flor de Ypê/Paulistano/Barueri. E foi com as Chiquititas, como são conhecidas, que o Brasil reagiu. A meio de rede fez cinco pontos na parcial: três no ataque e dois no bloqueio. Já a oposta, depois de não ter entrado bem contra República Tcheca e Estados Unidos, desta vez mostrou seu valor e empatou o duelo no ataque.
O tie-break começou com a Alemanha assustando em dois erros de passe de Ana Cristina. Com Luzia no saque, o Brasil reagiu, virou a abriu: 6 a 2. Com a vantagem foi a vez das donas da casa administrarem até o fechamento. Uma vitória difícil e certamente com muitos aprendizados para a renovada Seleção.
Ana Cristina foi a maior pontuadora com 21 acertos. Também chegaram aos dois dígitos Julia Bergmann (15), Lorena (15) e Jheovana (14).
BRASIL: Macris, Tainara, Ana Cristina, Julia Bergmann, Julia Kudiess, Lorena e Laís (líbero). Entraram: Roberta, Jheovana, Aline Segato, Helena, Luzia. Técnico: José Roberto Guimarães.
ALEMANHA: Straube, Weske, Alsmeier, Grozer, Weitzel, Cekulaev e Pogany (líbero). Entraram: Stautz, Tabacuks, Strubbe. Técnico: Giulio Bregoli.
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