<![CDATA[ Disparo que cegou adepto do Sporting pode ter mais que um polícia responsabilizado ]]>
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Agentes do Corpo de Intervenção só podem disparar armas anti-motim com ordem superior. Bernardo Topa ainda está internado.
As duas investigações (disciplinar e criminal) aos disparos de arma anti-motim da PSP que vieram a cegar o adepto do Sporting Bernardo Topa, de 28 anos, durante os festejos do bicampeonato leonino, domingo da semana passada, na zona do Saldanha, em Lisboa, podem vir a responsabilizar mais que um polícia. Caso se prove a culpa de algum elemento policial, as penas disciplinares serão para o autor do disparo, e o respetivo superior hierárquico.
O CM apurou que as equipas do Corpo de Intervenção da PSP (CI/PSP), de onde terá partido o disparo com uma munição menos letal (bala de borracha), que atingiram o comissário de bordo no olho esquerdo, trabalham sempre com pelo menos um chefe.
O inquérito disciplinar aos acontecimentos da madrugada de 18 de maio, ordenado pelo diretor-nacional da PSP, está a reconstruir todos os passos dos operacionais desta unidade de elite. A ideia é não só identificar os agentes que atuaram com armas anti-motim nessa noite, como também identificar o tipo de armamento usado.
O disparo de munições menos letais só é, por imposição interna, possível como último recurso, após falharem as outras formas de fazerem cessar os distúrbios.
O CM já noticiou que a PSP justificou a intervenção com o uso, descontrolado e perigoso, de pirotecnia durante a passagem do autocarro sportinguista pela zona do Saldanha. Os inquéritos visam, agora, apurar se a intervenção do CI/PSP cumpriu todos os pressupostos legais.
Outra questão a definir é a forma como o disparo foi feito. Os agentes do CI, sabe o nosso jornal, estão obrigados a disparar as armas anti-motim da cintura para baixo dos visados. Bernardo Topa pode, por exemplo, ter sido ferido com o ricochete de uma munição disparada para o chão.
cmjornal