Mota-Engil com lucros de 123 milhões em 2024 a registar um aumento de 8%
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O grupo de Construção Mota-Engil apresentou os seus resultados anuais no site da CMVM passava já da meia-noite. O resultado líquido subiu 8% para 123 milhões de euros.
A carteira de encomendas ascende a 15,6 mil milhões de euros, a subir 21% face a dezembro de 2023, com 8 mil milhões adjudicados. Em Portugal a carteira de encomendas ascendeu a 928 milhões de euros, traduzindo um aumento de 57%, essencialmente devido ao novo Hospital Lisboa Oriental. Depois, Angola, México e Nigéria representam 21%, 20% e 13%, respetivamente da carteira de E&C.
O volume de negócios subiu 7% para 5.951 milhões de euros e o EBITDA ascendeu a 955 milhões, o que traduz uma subida de 14%.
A dívida líquida do grupo somava em dezembro 1.732 milhões de euros, o que representava 1,81 vezes o EBITDA. Mas se incluirmos o leasing, factoring e confirming a dívida ascende a 2.982 milhões de euros, 3,12x o EBITDA. O grupo diz que e a margem de EBITDA atingiu os 16% impulsionada pelo segmento de Engenharia & Construção.
África foi a região que apresentou a melhor performance, impulsionada pela E&C e pela Engenharia Industrial, tendo esta última trazido um contributo significativo para o volume de negócios e rendibilidade.
A ajudar aos números estiveram também as mais valias que resultaram do foco nos mercados core (venda dos ativos da Polónia) e da política de rotação de ativos em curso (monetização de duas concessões rodoviárias no México).
Em termos de investimento, o grupo reportou 511 milhões de euros, dos quais 76% em Engenharia Industrial, na EGF (ambiente e gestão de resíduos) e crescimento. Em detalhe 0 investimento de E&C Crescimento e contratos de longo–prazo representam 65% do investimento total, estando principalmente relacionado com equipamento para os projetos do segmento de Engenharia Industrial adjudicados em 2024 (África E&C representa 63% do investimento total).
O grupo lembra o investimento em África principalmente relacionado com os projetos de longo–prazo em curso em Moçambique, Costa do Marfim e Senegal, bem como com três novos contratos de Engenharia Industrial assinados no final de 2024.
O investimento E&C de manutenção foi cerca de 1% do volume de negócios de E&C, o nível mais baixo de sempre, fruto da otimização de processos na gestão de equipamento e de procurement.
O segmento do Ambiente contribuiu com 74 milhões de euros.
O cash flow operacional subiu 37 milhões para 725 milhões de euros num ano. O Grupo Mota-Engil reporta ainda um capital próprio de 849 milhões de euros, o que eleva o rácio sobre o ativo para 11%.
jornaleconomico