Juiz rejeita processo de Baldoni contra Lively
O primeiro round da batalha legal entre Justin Baldoni e Blake Lively terminou esta segunda-feira, com uma aparente vitória para a atriz, que viu a acusação de difamação que pendia sobre si e o seu marido, Ryan Reynolds, ser rejeitada por um juiz de Nova Iorque.
A acusação — de difamação, extorsão e invasão de privacidade — tinha por base uma queixa inicial apresentada pela atriz, que acusava Justin Baldoni de assédio sexual e comportamento inadequado nas gravações de It Ends With Us, filme que Baldoni realizou e co-protagonizou com Lively. O queixoso pretendia assim receber uma compensação avaliada em 400 milhões de dólares, ou seja, 388 milhões de euros.
Além da atriz, a ação de Baldoni também visava o seu marido, o também ator Ryan Reynolds, assim como a sua publicista, Leslie Sloane, e o The New York Times. O famoso jornal foi alvo do processo por ter avançado com um artigo a 21 de dezembro de 2024 que apresentava em primeira mão uma queixa que Lively fizera sobre Baldoni e Jamey Heath, o produtor principal do filme, de assédio nas gravações e de lançarem uma campanha de retaliação contra ela depois de se ter queixado.
Esta segunda-feira, Lewis J. Liman, juiz do Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan, rejeitou o processo de Baldoni ao considerar que este não conseguiu justificar que as exigências de Lively se tratassem de “extorsão ilícita”, como acusa, escreve o NYT. Além disso, afirmou também que a acusação de difamação se centra nas declarações presentes na queixa que Lively fez e que estas não podem ser consideradas difamatórias pois queixas desta natureza estão protegida pela lei, sendo assim imunes a ações judiciais.
Pela mesma razão, o The New York Times também é abrangido por essa imunidade, já que as informações que adiantou foram retiradas desse processo judicial protegido pela lei, adianta o jornal.
[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 3.º episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E o primeiro episódio aqui e o segundo aqui.]
Num comunicado após a decisão, os advogados de Lively, Esra Hudson e Mike Gottlieb, afirmaram que esta representa “uma vitória total e uma justificação completa para Blake Lively, bem como para todos aqueles que Justin Baldoni e a Wayfarer [empresa de produção de Baldoni] arrastaram para o seu processo de retaliação”. “Como dissemos desde o primeiro dia, esta ação judicial era uma farsa e o tribunal percebeu logo. Aguardamos com expetativa a próxima ronda, que visa obter honorários de advogados, danos triplos e danos punitivos contra Baldoni … e as outras Partes Wayfarer que perpetraram este litígio abusivo”, terminaram.
Os advogados de Baldoni, por outro lado, optaram por não comentaram a decisão, que pode ainda ser alvo de recurso no segundo tribunal de circuito dos EUA.
observador
