Nova NR-1 acende alerta para a saúde mental no ambiente de trabalho

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Nova NR-1 acende alerta para a saúde mental no ambiente de trabalho

Nova NR-1 acende alerta para a saúde mental no ambiente de trabalho

Resumo Especialistas debateram em São Paulo os impactos da nova NR-1, que inclui a saúde mental nas diretrizes ocupacionais, destacando a necessidade de promover ambientes corporativos emocionalmente saudáveis.

O cenário de aumento de casos de estresse, burnout e adoecimento emocional no trabalho ganhou um novo capítulo com a entrada em vigor, em maio de 2025, da nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1). A atualização da lei coloca a saúde mental dos colaboradores no centro das discussões corporativas, exigindo que as empresas considerem formalmente os riscos psicossociais em suas diretrizes de segurança e saúde ocupacional.

Para debater os impactos dessa norma, que reflete uma tendência internacional de atenção ao bem-estar emocional nas organizações, especialistas de diversas áreas se reuniram em São Paulo. O encontro, promovido pelo Rituaali Clínica & Spa, focou justamente nos desafios e oportunidades que a NR-1 traz para o ambiente corporativo brasileiro.

A grande mudança é que fatores como sobrecarga de trabalho, pressão excessiva e assédio moral devem agora ser mapeados e gerenciados com a mesma seriedade que os riscos físicos tradicionais. A relevância do tema é inegável: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que distúrbios como ansiedade e depressão resultem em uma perda anual de US$1 trilhão na economia global em produtividade. No Brasil, os dados da ISMA-BR (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse) são alarmantes: 72% dos trabalhadores sofrem com estresse e 32% apresentam sintomas de burnout.

O evento, intitulado “Liderando com Empatia: O Elo entre a NR-1 e a Saúde Mental”, contou com a participação de figuras-chave no debate. Entre eles, Mauro Muller, Auditor Fiscal do Trabalho e coordenador dos grupos responsáveis pelas NRs 1 e 17; Elaine Ferreira, Diretora Executiva de Gestão de Pessoas e ESG da Rede Santa Catarina; e os especialistas do próprio Rituaali, Elen Márcia e Bruno Romão, psicólogos e terapeutas comportamentais.

Desafios e caminhos para a implementação

Durante o painel, os convidados sublinharam os desafios para a implementação efetiva da norma e destacaram a urgência de construir uma cultura corporativa mais sensível às questões emocionais.

Para Mauro Muller, a nova regulamentação representa um avanço significativo. "Promover ambientes saudáveis é um ganho mútuo: melhora a saúde dos colaboradores e gera retorno em produtividade”, afirmou o Auditor Fiscal, ressaltando o impacto positivo para ambas as partes.

A psicóloga Elen Márcia apontou a escuta ativa como um dos pilares fundamentais trazidos pela NR-1. “Um dos pilares da NR-1 é tornar a escuta do trabalhador obrigatória. Isso permite diferenciar desempenho de sobrecarga e ajuda a construir ambientes mais sustentáveis do ponto de vista emocional”, explicou.

Representando a Rede Santa Catarina, que já possui práticas consolidadas em saúde emocional, Elaine Ferreira enfatizou o papel crucial das lideranças nessa transformação. “É urgente olhar com mais cuidado para os afastamentos por questões de saúde mental. A NR-1 ajuda a ampliar essa consciência dentro das empresas”, pontuou a diretora.

O terapeuta comportamental Bruno Romão complementou a discussão, defendendo que a saúde emocional de quem dedica grande parte de sua vida ao trabalho deve ser uma prioridade. “A cultura do cuidado precisa ser a base das organizações que querem crescer de forma sustentável”, comentou.

A iniciativa do Rituaali ao promover este debate ressalta a importância de conscientizar o mercado e as empresas sobre a necessidade de um olhar mais humano e estratégico para a saúde mental no ambiente corporativo, impulsionado agora pelas novas exigências da NR-1.

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