Mário Machado agredido na prisão

Mário Machado foi transferido de ala na prisão de Alcoentre após um conflito com outros reclusos dentro de uma cela. O militante neonazi foi atingido com murros e pontapés no dia 2 de junho, e o conflito foi travado pelos guardas prisionais após terem ouvido gritos.
Um dos reclusos envolvidos nas agressões foi alvo de uma medida cautelar e encontra-se agora numa cela de separação. Será alvo de um processo disciplinar, indica fonte oficial da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) ao Observador.
Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional Corpo Guarda Prisional (SNCGP), detalha ao Observador que pode ser necessário identificar mais intervenientes nas agressões, que se deram numa zona de camaratas do estabelecimento prisional coberta por videovigilância e terão sido motivadas por questões de racismo. “Não conseguimos prevenir esta situação de crimes, a não ser em Monsanto. Não conseguimos garantir a segurança dos presos neste momento”, sublinha o dirigente sindical.
Porém, Mário Machado não apresentou queixa nem precisou de assistência médica.
O seu advogado, José Manuel de Castro, descreveu ao Observador “um desaguisado com dois reclusos” e confirmou que o cliente se encontra agora “numa ala mais reservada e mais segura”.
Mário Machado está a cumprir uma pena de dois anos e 10 meses de prisão efetiva após ter sido condenado em dezembro de 2024 por discriminação, incitamento ao ódio e à violência e instigação pública, numa decisão do Tribunal da Relação.
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