Seis séries e um documentário para ver esta semana

Se ainda está ligado ao universo de The Walking Dead, então não pode perder a jornada de Daryl Dixon, uma das personagens mais queridas da série original, interpretada por Norman Reedus. A terceira temporada chega a Portugal um dia depois da estreia nos Estados Unidos e novos episódios – serão sete – chegarão semanalmente.
Madalena Almeida, Maria João Bastos, Ana Vilela da Costa, Lúcia Moniz, Gabriela Barros, Kelly Bailey e Daniela Ruah interpretam sete espias que irão dar uma nova configuração – na ficção, claro – a Portugal durante a Segunda Guerra Mundial. Tudo acontece em 1942, Portugal apresenta-se na série como uma espécie de paraíso para a espionagem europeia, devido à posição que manifesta face ao conflito. É neste contexto que as espias são contactadas pelo MI6 com a missão de descobrir por onde andam os submarinos alemães no Atlântico. Setembro arranca na RTP1 com thriller às segundas-feiras.
Hoje parece que é pedir muito quando são necessários alguns episódios até algo de grandioso acontecer. Sobretudo se a espera for por um quinto episódio. Ainda mais se a série apenas tiver sete. Mas Task vem com bagagem, é a nova série de Brad Ingelsby, que há uns anos criou a fabulosa Mare Of Easttown. Se Kate Winslet parecia cansada como Mare, aqui é a vez de Mark Ruffalo. Tom é um agente do FBI que esperava tudo menos que o tirassem da prateleira para ir investigar um caso a sério. Peso a mais, desilusão palpável a cada movimento, Tom é convidado a criar uma equipa para investigar uma série de crimes que estão a acontecer nos subúrbios de Filadélfia. Ele não sabe, mas nós sabemos: Robbie (Tom Pelphrey) lidera um grupo que assalta casas de traficantes. Menos Robin Hood e mais projeto de vinganças. Estes subúrbios não serão estranhos a quem viu a série anterior de Ingelsby, são um local esquecido, apavorado pela própria consequência de existir. Aqui o problema são os gangues e a forma como controlam tudo num sítio devassado pelas drogas. Para azar de Tom, pouco depois de iniciar a investigação, Robbie dá um passo maior do que as pernas e um assalto corre mal, termina com muita droga nas mãos e o rapto de uma criança. O caso torna-se mais sério. É um policial que não obedece às exigências de tempo do espectador de 2025. Mas a recompensa para os que insistirem em Task é maravilhosa.
Como se não faltassem razões para ver coisas novas nesta semana na televisão, estreia também a quinta temporada de uma das melhores comédias dos últimos anos. O Arconia, o prédio em Manhattan onde quase tudo acontece nesta série com Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, continua a ser um local onde aparece gente morta. Tal como nas temporadas anteriores, espere uma boa lista de ilustres convidados.
Baseado no romance homónimo de Michelle Frances, The Girlfriend é a primeira grande série da rentrée do streaming da Amazon. Com Robin Wright (que realiza três dos episódios), Olivia Cooke e Laurie Davidson nos principais papéis, esta série de seis episódios conta uma história familiar a muitos lares: que suspeitas existem quando uma mãe não gosta da nova namorada do filho? Menos familiar é a pergunta que se segue: até onde está a mãe disposta a ir quando o enredo segue por caminhos inesperados? As respostas são surpreendentes e o guião tem feito correr alguma tinta.
Issa Rae (Insecure) está por detrás deste projeto, ideia que lhe surgiu há uns anos, quando se começou a aperceber de padrões na forma como certas modas relacionadas com a representação dos atores negros na televisão desapareciam e voltavam a reaparecer na televisão. Um documentário em duas partes em volta de estereótipos e revolução, com convidados como Oprah Winfrey, Shonda Rhimes e Norman Lear.
Clyde Phillips foi o showrunner da série original de Dexter durante as primeiras quatro temporadas. Se a memória não o trai, a quarta temporada é aquela em que entra John Lithgow, interpretando o Trinity Killer, o melhor vilão de Dexter e aquele que deu o primeiro grande desafio à série? Terminaria ali ou continuaria? Para mal dos nossos pecados, continuou, já sem Phillips, e a qualidade desceu a pique. Estas últimas existências de Dexter, New Blood, Original Sin e este Ressureição voltaram a ter a mão do showrunner que tornou a série num sucesso há cerca de quinze anos. Os dois primeiros episódios de Ressurreição estreiam-se esta semana no SkyShowtime, com novos episódios a chegarem semanalmente. Continua a história de New Blood: Dexter (Michael C. Hall) afinal não morreu, e vai à procura do seu filho, Harrison (Jack Alcott) em Nova Iorque. Ainda não vimos, mas a crítica tem dito muito bem desta nova reencarnação de um dos nossos assassinos em série preferidos.
observador