IL. Requerimento para tardar eleições

Já vão surgindo alguns nomes que poderão avançar para a concorrida à liderança da Iniciativa Liberal, mas se há quem tenha oficializado, o Nascer do SOL_sabe que há outros que poderão avançar a qualquer momento. Sem surpresa foi o anúncio de Mariana Leitão que esta semana revelou nas redes sociais que tem «a vontade e a capacidade de agregar um movimento que inspire uma mudança no país».
Um nome que já tinha sido avançado pelo Nascer do SOL, assim que Rui Rocha anunciou a sua demissão com o argumento que «com as eleições legislativas de 2025 abre-se um novo ciclo político que se inicia com uma representação parlamentar significativamente diferente», referindo que se trata de «um ciclo político com enormes desafios e para o qual a Iniciativa Liberal não parte, reconhecendo a minha integral responsabilidade nisso, com a preponderância de um peso eleitoral pelo qual lutámos e todos desejávamos».
O nosso jornal sabe que a decisão da líder parlamentar do partido não causou qualquer surpresa internamente. Além de pertencer ao ‘núcleo duro’ da atual comissão executiva já tinha sido escolhida para ser candidata às eleições presidenciais, ainda sobre a liderança de Rui Rocha.
Outro nome que tinha vindo a ser apontado era o do deputado Mário Amorim Lopes, mas que pôs um ponto final às incertezas ao apoiar Mariana Leitão, afirmando que o partido não podia estar melhor servido. «Características que um grande líder deve ter: energia, combatividade, assertividade, determinação. No fundo, isto é a Mariana Leitão. Não podíamos estar melhor servidos! Vamos trabalhar juntos para fazer deste país um grande país», disse nas redes sociais.
O Nascer do SOL sabe que o nome de Mariana Leitão é visto por muitos militantes como «insuficiente» e estão à espera que um peso pesado do partido avance.
Fora do núcleo duro
Uma das surpresas desta corrida interna poderá ser a candidatura de José Maria Barcia, assessor responsável pela corrida de Carla Castro e mais recentemente de Rui Malheiro. Barcia tem sido uma das vozes críticas da atual comissão executiva e ao que o nosso jornal apurou, o movimento de apoio em torno desta candidatura tem vindo a aumentar. Ao Nascer do SOL disse apenas que «não comentava».
Um nome repetente poderá ser o de Rui Malheiro que, nas últimas eleições perdeu para Rui Rocha – alcançado 26,6% dos votos contra 73,4%. O nosso jornal sabe que o presidente do movimento Unidos pelo Liberalismo está à espera para saber qual será a decisão dos membros do movimento. Para já, ao Nascer do SOL diz apenas que «está à espera dos resultados do Conselho Nacional e também da candidatura de Mariana Leitão que promete unir o partido», referindo que será feita sempre uma «avaliação com cautela»
Os candidatos podem não ficar por aqui. Margarida Pouseiro poderá avançar como candidata à liderança da Iniciativa Liberal. Numa comunicação aos militantes que o Nascer do SOL teve acesso apresenta-se «como putativa candidata à liderança da Comissão Executiva» do partido.
Rangel pressiona data
Ainda não há data para a eleição, mas o nosso jornal sabe que Miguel Rangel que assumiu as rédeas do partido, depois de os vice-presidentes da IL_terem recusado assumir o cargo, tem estado internamente a fazer pressão para que o ato eleitoral ocorra já em julho. E se há quem defenda que é o prazo desejável para o partido ter tempo para concorrer às autárquicas, há quem o acuse de querer ‘permanecer’ na comissão executiva. Isto porque, de acordo com os estatutos, há um limite de mandatos de oito anos e Rangel assumiu o cargo na comissão executiva a 26 de novembro de 2017, sobre a liderança de Miguel Ferreira da Silva. Se as eleições internas derraparem para o final de novembro, como muitos militantes apontam, não pode concorrer, nomeadamente para o cargo de secretário-geral do partido.
O nosso jornal sabe que na próxima reunião do Conselho Nacional que está agendada para o próximo dia 15 de junho vai ser apresentado um requerimento à mesa para colocar uma nova ordem de trabalhos para garantir que não haverá eleições demasiado cedo.
Dúvidas em relação a quem vai a eleições
A saída de Rui Rocha não significa que todos os órgãos tenham de ir a eleições, mas ainda esta semana, o ex-deputado Bernardo Blanco revelou que queria encabeçar uma «lista agregadora» ao Conselho Nacional da Iniciativa Liberal, caso o partido opte por convocar eleições para todos os órgãos. «O objetivo é mostrar um partido capaz de se renovar e trabalhar em conjunto», disse o conselheiro nacional, em comunicado.
Mas ao que o nosso jornal apurou esta ideia não está a ganhar adeptos juntos dos militantes, nem na própria comissão executiva por considerarem que «os outros órgãos não perderam legitimidade nenhuma e alguém tem de garantir a continuidade do partido».
Jornal Sol