Chefe da RT, Simonyan, pode renunciar após suposto diagnóstico de câncer, diz fonte

Margarita Simonyan pode deixar o cargo de editora-chefe da emissora RT, financiada pelo Kremlin, após supostamente ter sido diagnosticada com câncer de mama, disse uma fonte próxima à rede ao serviço russo do The Moscow Times na segunda-feira.

Simonyan disse no domingo que havia sido diagnosticada com uma doença "terrível e séria" na semana passada e que deveria passar por uma cirurgia na segunda-feira.

Ela não revelou o nome da doença, mas deu a entender que ela poderia envolver uma mastectomia, a remoção cirúrgica de parte ou de toda a mama, geralmente realizada para tratar o câncer de mama.

"A cirurgia acontecerá logo abaixo deste prêmio", disse Simonyan na televisão estatal, gesticulando em direção a uma medalha presa ao peito.

Uma fonte próxima à RT, falando sob condição de anonimato, disse que Simonyan havia sido diagnosticada com câncer e enfrentava "problemas de saúde muito sérios". A fonte disse que discussões estavam em andamento sobre se ela poderia permanecer no cargo, embora nenhuma decisão tenha sido tomada.

Simonyan lidera a RT desde sua fundação em 2005 e, posteriormente, foi nomeada editora-chefe do Russia Segodnya, o conglomerado de mídia estatal que também supervisiona a agência de notícias Sputnik. Ambos os veículos, assim como a própria Simonyan, estão sob sanções dos EUA e da Europa.

Seu marido, o cineasta e apresentador de televisão Tigran Keosayan, está em coma há nove meses.