Primeiro-ministro japonês Shigeru renuncia ao cargo

Falando em uma coletiva de imprensa realizada na capital Tóquio, Ishiba abordou o impacto das eleições da Assembleia Consultiva (Sangiin) realizadas em julho sobre o governo.
Lembrando que o Partido Liberal Democrático (LDP) no poder e seu parceiro de coalizão Komeito perderam a maioria parlamentar nas eleições, Isiba declarou que suas metas eleitorais não poderiam ser alcançadas.
“Embora eu ache que ainda temos coisas a conquistar, tomei a difícil decisão de renunciar”, disse Isiba, explicando sua decisão de deixar seus cargos.
ELE ASSUMIU A RESPONSABILIDADE PELOS RESULTADOS DAS ELEIÇÕESIsiba declarou que assumiu a responsabilidade pela derrota sofrida pelo partido no poder nas eleições, dizendo: “Eu argumento que o partido no poder não será capaz de existir no futuro se continuar sendo o mesmo partido de sempre, apesar da derrota nas eleições, e for visto como alguém que não mudou nada”.
Expressando seu profundo pesar por não ter correspondido às expectativas na eleição como líder do LDP, Ishiba enfatizou que sua renúncia visava "evitar uma cisão definitiva" no partido.
İşiba declarou o seguinte em sua declaração:
NEGOCIAÇÕES DE DIREITOS ADUANEIROS COM OS EUA E PLANO FUTURO(O PLD) não deve se tornar um partido que pensa: 'Enquanto eu estiver feliz, não há problema'. Deve ser um verdadeiro partido popular, onde haja tolerância e inclusão. Peço desculpas ao povo japonês por ter que renunciar ao meu cargo dessa forma. Sinto muito mesmo. Ainda não conseguimos superar a desconfiança do público, especialmente em relação à política e ao dinheiro. Este é o meu maior arrependimento."
Isiba afirmou que as negociações sobre o acordo de direitos aduaneiros com os EUA foram influentes em sua decisão de renunciar, acrescentando que o processo "chegou a um ponto de virada".
Afirmando que espera que o próximo líder do LDP mantenha relações mais fortes com os parceiros regionais de seu país, incluindo os Estados Unidos, Isiba anunciou que não concorrerá nas próximas eleições para a liderança do LDP.
ELEIÇÕES E RESULTADOS DO CONSELHO CONSULTIVOOs eleitores no Japão foram às urnas em 20 de julho para decidir o destino de metade das 248 cadeiras da câmara alta do parlamento, realizada a cada três anos.
Nas eleições, os partidos governista e de oposição mantiveram as mesmas 123 cadeiras, enquanto as 125 restantes foram reconduzidas. A coalizão governista ficou aquém da meta de pelo menos 50 cadeiras, perdendo a maioria na câmara alta.
A coalizão governista, que atualmente detém 75 cadeiras, conquistou 47, mas ficou aquém dos 125 assentos necessários para a maioria. Tendo perdido a maioria na câmara baixa nas eleições de 2024, a coalizão governista sofreu uma derrota semelhante na câmara alta este ano.
Fonte: AA
Tele1