Enviado de Trump, Witkoff, encontra Putin em Moscou antes do prazo de cessar-fogo na Ucrânia

A visita é a quinta de Witkoff a Moscou desde janeiro.
LONDRES — O enviado especial do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, foi recebido pelo presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin, em Moscou, na quarta-feira, antes das negociações esperadas, informou a mídia estatal russa.
Witkoff foi recebido em sua chegada a Moscou por Kirill Dmitriev — chefe do Fundo Russo de Investimento Direto — no Aeroporto Vnukovo da capital, de acordo com as agências de mídia estatais Tass e Interfax.

A visita é a quinta de Witkoff a Moscou desde que Trump assumiu o cargo, com o enviado especial na vanguarda dos esforços da Casa Branca para acabar com a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, que começou em fevereiro de 2022.
Uma fonte familiarizada com os planos de Witkoff disse à ABC News na terça-feira que o enviado especial deveria se reunir com a liderança russa na quarta-feira.
A Tass informou que Witkoff e Dmitriev caminharam no Parque Zaryadye, no centro de Moscou, antes do comboio de Witkoff viajar para o Kremlin.
Witkoff esteve em Moscou pela última vez em 25 de abril, quando se encontrou com o russo Putin no Kremlin.

No mês passado, Trump disse que imporia medidas econômicas adicionais — incluindo sanções secundárias aos clientes russos de exportação de combustíveis fósseis, os maiores dos quais são a Índia e a China — se Putin não concordasse com um cessar-fogo até 8 de agosto.
Trump citou os contínuos ataques russos com drones e mísseis contra a Ucrânia ao emitir seu ultimato ao Kremlin, inicialmente fixado em 50 dias, mas posteriormente reduzido para apenas 10 dias. Em julho, a Rússia estabeleceu um novo recorde mensal de ataques de longo alcance contra a Ucrânia, segundo dados da Força Aérea Ucraniana, disparando 6.443 drones e mísseis contra o país.
A Ucrânia apoia a demanda dos EUA por um cessar-fogo imediato, após o qual as negociações para um acordo de paz completo poderão ser iniciadas. Na terça-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse que "coordenou" posições com Trump em uma conversa telefônica.
"Hoje, coordenamos nossas posições — Ucrânia e Estados Unidos", escreveu Zelenskyy em uma publicação para o X. "Trocamos avaliações da situação: os russos intensificaram a brutalidade de seus ataques. O presidente Trump está totalmente informado sobre os ataques russos em Kiev e outras cidades e comunidades."
Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia estava aberta a mais reuniões com Witkoff. "O diálogo continua e os Estados Unidos continuam seus esforços de mediação na busca por um acordo com a Ucrânia", disse ele, citado pela Tass.
"Esses esforços são muito importantes, inclusive no contexto do processo em andamento de negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia", disse Peskov. "O trabalho continua e continuamos comprometidos com a ideia de que uma solução política e diplomática para o problema ucraniano é, obviamente, nossa opção preferencial."
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Joe Simonetti, Shannon K. Kingston, Yuriy Zaliznyak e Ellie Kaufman, da ABC News, contribuíram para esta reportagem.
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