Picnic on Craggy Island por Lissa Evans: Como Graham Norton Riverdancing entrou em Father Ted

Ouvi dizer que você é racista agora, pai' é um meme que surge todos os dias nas redes sociais. Descrever um grupo improvável de pessoas como 'um grande bando de rapazes' se tornou parte da linguagem. Recuse uma xícara de chá oferecida e há uma chance de a pessoa que está oferecendo insistir: 'Ah, vá em frente, vá em frente, vá em frente.'

Todos esses clichês culturais vêm do seriado seminal e surreal Father Ted, dos anos 1990, sobre três infelizes padres católicos romanos e sua governanta que vivem em "Craggy Island", em algum lugar na costa da Irlanda.

Father Ted está lá em cima com as maiores comédias de todos os tempos. Exibido pela primeira vez em 1995, o programado Channel 4 criado e escrito por Graham Linehan e Arthur Mathews, e estrelado por Dermot Morgan (Ted), Ardal O'Hanlon (Father Dougal), Frank Kelly (Father Jack) e Pauline McLynn (Mrs Doyle), ganhou vários prêmios. Steven Spielberg e Steve Martin estão entre seus fãs famosos.

Em algumas sitcoms, a trilha sonora de risadas é adicionada. Father Ted era tão engraçado que as risadas do público do estúdio tiveram que ser editadas.

Lissa Evans, agora uma romancista bem-sucedida e aclamada pela crítica, produziu a segunda e a terceira séries, e o maravilhoso especial de Natal (no qual um grupo de padres fica preso na maior seção de lingerie da Irlanda). Agora ela escreveu um livro sobre suas experiências.

"Este não é um estudo abrangente de Father Ted, é um livro de pedaços e partes das minhas próprias memórias da série", ela escreve. É um livro curto — muito curto. Na verdade, é mais uma longa peça de revista do que um livro curto. Mas os fãs do show — e certamente não deve haver muitas pessoas que não sejam fãs — vão gostar de ser lembrados de algumas cenas e personagens brilhantes.

Além do capítulo sobre o último episódio — Morgan morreu repentinamente um dia após o término das filmagens — o livro de Evans é principalmente um compêndio de lembranças felizes e anedotas engraçadas.

Por exemplo, o show tinha um supervisor de dublês que havia trabalhado no épico The Mission, de Roland Joffe. Há uma cena em um episódio da segunda temporada, 'New Jack City', em que o Padre Ted é deliberadamente atropelado pelo Padre Jack em um carro.

Evans esperou com interesse para ver 'as técnicas de acrobacias inteligentes e secretas' que seriam usadas para simular o impacto. A técnica inteligente e secreta do supervisor de acrobacias era simplesmente dirigir um carro em direção a outro dublê e derrubá-lo.

Graham Norton , 'um comediante de stand-up do qual eu nunca tinha ouvido falar', fez uma audição absolutamente maníaca para o papel do imensamente irritante Padre Noel Furlong e 'quando ele dançou duas vezes pelo escritório, gritando para nós participarmos, estávamos todos morrendo de rir'. Ele conseguiu o papel.

Um dia, no Condado de Clare, a equipe estava filmando alguns homens vestidos como amendoins gigantes para uma sequência de sonho. Não havia padres nem estrelas do show à vista. Um caminhão que passava parou e o motorista abriu a janela e gritou: "Você vai filmar Ted, então."

O livro de Evans me lembrou que a música tema e a música incidental foram compostas por Neil Hannon, de The Divine Comedy. Hannon também escreveu as músicas para um musical de palco do Father Ted que Linehan espera lançar um dia. Ah, vá em frente, vá em frente, vá em frente!