China | Xi convida para celebração

Pequim. Com um enorme desfile militar, a China celebrou o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e, simultaneamente, demonstrou seus laços estreitos com a Rússia e a Coreia do Norte. Diante dos olhos do presidente Xi Jinping e seus ilustres convidados, incluindo o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un, os militares exibiram suas armas mais recentes, incluindo mísseis balísticos intercontinentais, drones e armas a laser.

Xi apelou à paz e alertou para novos perigos. "Hoje, a humanidade enfrenta mais uma vez a escolha entre a paz e a guerra, o diálogo e o confronto, o ganha-ganha e o soma zero", disse ele. Ao mesmo tempo, enfatizou que o Exército de Libertação Popular deve se transformar em uma força militar de classe mundial para salvaguardar a soberania da China.

Com a exibição de armas, Pequim também enviou um sinal de força ao Ocidente. Um total de 26 chefes de Estado e de governo foram anunciados, incluindo os da Bielorrússia, Irã e Uzbequistão. O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, foi o único chefe de governo da UE em Pequim.

O presidente dos EUA, Donald Trump, acusou remotamente Xi, Putin e Kim de conspirar contra os EUA porque o desfile não reconheceu suficientemente a assistência americana na vitória sobre o Japão. Dirigindo-se a Xi, Trump escreveu em seu serviço online Truth Social: "Transmita meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América". O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, declarou posteriormente que acreditava que Trump havia acusado os três países de conspiração "não sem ironia". O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, enfatizou que Trump tinha um "excelente relacionamento" com Xi.

Após o almoço e o desfile, Putin e Kim sentaram-se juntos. Segundo o Kremlin, Putin agradeceu ao seu homólogo pela participação dos soldados norte-coreanos na retomada da região de Kursk, no oeste da Rússia, das tropas ucranianas. Segundo a tradução do Kremlin, Kim respondeu que a Coreia do Norte estava sempre pronta para ajudar a Rússia e via isso como uma "obrigação fraterna".

Kim, sua irmã Kim Yo Jong e sua filha viajaram para o exterior especificamente para o desfile, em uma de suas raras viagens ao exterior. Para sua filha, foi a primeira viagem oficialmente conhecida para fora da Coreia do Norte. Observadores consideram a jovem uma possível sucessora do pai.

Após a reunião com o anfitrião Xi, Putin falou sobre uma série de documentos prospectivos que haviam sido acordados. Entre outros assuntos, tratava-se do gasoduto "Power of Siberia 2", através do qual as exportações de gás para a China serão expandidas para 100 bilhões de metros cúbicos por ano. Agências/nd