Edmund White, aclamado romancista queer e finalista do Prêmio Pulitzer, morreu.

O romancista , ensaísta e biógrafo gay americano Edmund White morreu aos 85 anos em sua casa em Nova York de "causas naturais", informou a mídia local na quarta-feira, após conversar com seu agente, Bill Clegg. White (Cincinnati, 1940), amplamente aclamado como um pioneiro , consolidou-se como um ícone graças às suas crônicas da vida gay, inspiradas em suas próprias experiências, em mais de 30 livros.

Em 1977, juntamente com o escritor Charles Silverstein, escreveu uma de suas obras mais reconhecidas, A Alegria do Sexo Gay , uma espécie de Kama Sutra gay combinado com capítulos nos quais refletia sobre a situação dos homens homossexuais da época, sobre racismo e assim por diante.

Além de suas histórias queer, o escritor era conhecido por seu papel como biógrafo . Estreou com Genet: Uma Biografia (1993), em que se aprofundou na vida do poeta e romancista francês Jean Genet , e pelo qual foi finalista do prestigioso Prêmio Pulitzer .

Poucos anos depois, em 1998, fez o mesmo com o romancista e crítico francês Marcel Proust e, no mais recente, Rimbaud: A Dupla Vida de um Rebelde (2008), reconstruiu a vida do poeta Arthur Rimbaud.

"Como um adolescente gay miserável, sufocado pelo tédio e pela frustração sexual, e paralisado pela autoaversão, eu ansiava por fugir para Nova York e me tornar escritor; eu me identificava completamente com os desejos de Rimbaud de ser livre, de ser publicado, de ser sensual, de ir a Paris . A única coisa que me faltava era sua coragem", escreveu White no início daquele romance biográfico.

Ele foi diagnosticado com HIV em 1985 e sofreu vários derrames e um ataque cardíaco. O medo da doença é um tema que ele explorou em sua trilogia semiautobiográfica (A Boy's Own Story (1982), The Beautiful Room Is Empty (1988) e The Farewell Symphony (1997), que narra a vida de um jovem gay no século XX .