Eduardo Pimentel não se cala após sanção de 4 meses: ataca Comissão de Arbitragem e Ramón Jesurún

Eduardo Pimentel, acionista majoritário do Boyacá Chicó, contra-atacou com tudo a sanção imposta pelo Comitê Disciplinar de Dimayor e apontou o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Ramón Jesurún, e a Comissão de Arbitragem em meio ao escândalo sobre a arbitragem das últimas datas da Liga BetPlay.
O ex-presidente do clube Boyacá foi multado em 42 milhões de pesos e banido de qualquer atividade relacionada ao futebol por quatro meses após fazer várias declarações sobre o trabalho dos árbitros durante as partidas de sua equipe contra Fortaleza e Alianza Valledupar. Pimentel reagiu com ironia e veemência.
"É a natureza natural da relação que temos com a Federação. Já acumulei 400 milhões de pesos em multas. Tenho entre 350 e 400 milhões de pesos alocados no meu orçamento anual para pagar multas. Eles não vão me silenciar", disse Pimentel em entrevista ao Blog Deportivo, na Rádio Blu.

Eduardo Pimentel, acionista majoritário da Boyacá Chicó. Foto: Mauricio Moreno. O TEMPO
"Chegamos a um ambiente em que ninguém pode falar; somos todos ovelhas. Eu não sou assim. Em 40 anos de futebol, sou uma pessoa veemente quando sei que estou certo. Quando não estou, bem, eles não me ouvem", acrescentou.
Pimentel continua solicitando gravações de áudio do VAR do Boyacá Chicó x Strength Pimentel insiste que as gravações de áudio do VAR da partida de 21 de abril, quando o Boyacá Chicó perdeu por 2 a 0 para o Fortaleza, sejam tornadas públicas. O trabalho do árbitro Carlos Betancur e do árbitro de vídeo, Luis Fernando Trujillo, foi polêmico.

Carlos Betancur Foto: X: @TendenciaEnX
"Estou pedindo ao VAR as gravações de áudio de uma partida de 40 dias atrás, e eles não me dão. Depois, liberam as gravações de uma partida contra o Alianza, como se dissessem que são eles que mandam", enfatizou Pimentel.
"Há um motivo para eles não quererem expor as gravações de áudio do VAR daquela partida. Perguntei a eles de forma clara e respeitosa. O que eles estão tentando esconder? Por que estão defendendo tanto o Betancur? Nada está acontecendo aqui; estamos subservientes à liderança de uma Federação que nos tirou o futebol colombiano", revelou.
Pimentel culpou Ramón Jesurún e a Comissão de Arbitragem Pimentel apontou o dedo para a Comissão de Arbitragem e o presidente da Federação Colombiana de Futebol pela crise da arbitragem. Vale lembrar que Dimayor não tem controle sobre essa questão.
Suponho que (o problema) deve estar na cabeça da Comissão de Arbitragem e da Federação Colombiana de Futebol, que é Ramón Jesurún. Deve ser assim. Lutar contra algo já estabelecido é muito difícil. Nós, que fomos presidentes de clubes, temos o direito de discernir decentemente, de ir contra. Eles só nos intimaram para nos multar. Nem me intimaram para apresentar minha defesa. Se ele, junto com sua diretoria, nos colocou em uma posição em que não podemos protestar porque eles vão nos impor uma multa, eles estavam errados sobre mim", enfatizou.

Ramón Jesurún Foto: EFE
Uma figura conhecida da direita, Pimentel descreveu o que está acontecendo na Federação Colombiana e no futebol colombiano como "Castro-Chavista".
Primeiro, vamos esgotar as vias locais e depois vamos para as internacionais. Aqui na Colômbia, temos o Tribunal Superior; vamos mostrar a eles e explicar o caso. Mas este é o estilo Castro-Chavista aqui. É assim que somos no futebol colombiano, é assim que o país é. Vamos tentar continuar resolvendo isso. Somos pessoas apaixonadas e combativas, mas em 95% das vezes, estivemos certos", disse ele.
Pimentel rejeitou Wílmar Roldán como possível futuro chefe de arbitragem. Pimentel disse que são necessárias mudanças no sistema de arbitragem, mas acredita que Wílmar Roldán, o árbitro internacional de maior prestígio atualmente, não é o homem certo para gerenciá-lo, como alguns sugeriram.

Wílmar Roldán Foto: Efe
Roldán cometeu um erro grave na primeira partida da final da Liga 2008-I, na qual o Boyacá Chicó conquistou sua única estrela ao derrotar o América de Cali. A partida terminou com o time axadrezado atacando, o que resultou em um gol de Anuar Guerrero. Roldán disse que já havia dado o apito final, pouco antes do atacante chutar.
"Temos que mudar tudo, mas não podemos impor isso ao Sr. Wílmar Roldán. Lembrem-se do que ele fez na final de 2008. Se ele já fez algo parecido, não podemos deixar que um árbitro que fez isso, por melhor que tenha se tornado desde então, administre a arbitragem colombiana", enfatizou.
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