Gabriel Raimondi e outras apostas arriscadas de times colombianos com técnicos desconhecidos

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Gabriel Raimondi e outras apostas arriscadas de times colombianos com técnicos desconhecidos

Gabriel Raimondi e outras apostas arriscadas de times colombianos com técnicos desconhecidos
O nome de Gabriel Raimondi causou polêmica na janela de transferências da Liga MX 2025-2026. O América de Cali fez uma aposta arriscada, na esperança de voltar aos trilhos após a recente eliminação nos playoffs.
Raimondi, de 48 anos, substituirá Jorge 'Polilla' Da Silva, que deixou o time nos playoffs da Copa Sul-Americana, onde enfrentará o Bahia, do Brasil, e, por enquanto, na primeira colocação da reclassificação, que poderá perder caso o Deportivo Independiente Medellín vença a última partida e o título.
Mais uma aposta arriscada do América: 'Pedrito de Portugal'
Esta não é a primeira vez que o América opta por um nome desconhecido para integrar o time profissional. Em 2018, o português Pedro Felício Santos chegou para substituir "Polilla".
Pedrito de Portugal, como os torcedores começaram a chamá-lo, em homenagem a um famoso toureiro, não tinha experiência em times de primeira linha. Ele atuou nas divisões inferiores de clubes do seu país, como Benfica e Sporting, e o Millonarios o trouxe para a Colômbia, orientado pelo compatriota português Antonio Carraça, para treinar a seleção sub-17.

Pedro Felício Santos Foto: Juan Pablo Rueda. O TIEMPO

A passagem do Santos pelo América foi ruim: 17 partidas, com apenas quatro vitórias, 10 empates e três derrotas. Não conseguiu se classificar para a fase final.
Juan Carlos Osorio chegou como um desconhecido e depois se tornou um campeão
Houve outros testes que deram certo, como o de Juan Carlos Osorio. Quando chegou para treinar a Colômbia, em 2006, pelo Millonarios, ele havia sido preparador físico e assistente técnico no Manchester City, mas nunca técnico titular. Ficou lá por dois semestres e quase conquistou o título.

Juan Carlos Osorio, quando ingressou no Millonarios em 2006. Foto: Felipe Caicedo. Arquivo EL TIEMPO

Foi o início de uma grande carreira, que o levou a ser campeão pelo Once Caldas e pelo Atlético Nacional e depois a uma longa carreira no exterior.
Efraín Juárez: passo curto mas substancial
Efraín Juárez, mexicano, também não tinha experiência profissional. Surpreendentemente, foi nomeado treinador do Atlético Nacional em meados de 2024, substituindo o uruguaio Pablo Repetto.

Efraín Juárez Foto: Jaiver Nieto / EL TIEMPO

A campanha de Juárez foi curta, mas de grande sucesso: ele conquistou dois títulos com o time verde, a Copa Colômbia e a LaLiga, no mesmo semestre. Mas, assim como chegou discretamente, saiu rapidamente: expressou desentendimentos com a diretoria e saiu com a estrela no bolso. Hoje, ele treina o Pumas de México.
Juan Manuel Lillo: opiniões divididas
Um nome que chamou muita atenção na época foi Juan Manuel Lillo, contratado pelo Millonarios em janeiro de 2014 para substituir Hernán Torres, que havia dado ao clube sua 14ª estrela.

Juan Manuel Lillo, treinador espanhol, durante sua passagem pelo Atlético Nacional. Foto: Jaiver Nieto - Arquivo EL TIEMPO

Lillo não teve uma carreira brilhante, mas o fato de Josep Guardiola tê-lo mencionado como seu mentor, após o encontro no México, parecia garantido. No primeiro tempo, ele chegou às semifinais da LaLiga e perdeu a final de pênalti contra o Junior. O segundo tempo foi fraco, e ele acabou sendo demitido.
No entanto, o espanhol deixou uma boa impressão e, após a saída de Reinaldo Rueda, ingressou no Atlético Nacional em 2017. Sua permanência não foi longa. Até um mês atrás, era auxiliar técnico de Guardiola no Manchester City. Lillo gera opiniões divergentes: a torcida não se lembra dele com carinho, mas seus jogadores são só elogios.
Outros chegaram discretamente à Colômbia e fizeram carreira aqui. Como o argentino Juan Cruz Real, conhecido por uma passagem fraca pelo Millonarios em 1998 e por passagens pela Costa Rica e Venezuela. Ele se juntou ao Alianza Petrolera em 2017. Depois, salvou o Jaguares do rebaixamento e, em 2020, foi nomeado técnico do América, com quem conquistou o campeonato. Posteriormente, teve passagens malsucedidas pelo Junior e pelo Tolima.

Juan Cruz Real, técnico do América. Foto de : Efe

Um caso semelhante é o de Lucas González, contratado pelo Águilas Doradas em 2023, após atuar como auxiliar e preparador físico. Ele teve uma temporada espetacular na fase de grupos, mas não conseguiu revalidar a vitória nos quadrangulares. No semestre seguinte, transferiu-se para o América, com sucesso semelhante. Após uma passagem fraca pelo Central Córdoba, acaba de ser contratado pelo Deportes Tolima.

Foi assim que o Deportes Tolima apresentou Lucas González. Foto: @cdtolima

Raimondi, sem experiência como técnico de primeira divisão e tendo atuado como auxiliar técnico do uruguaio Diego Alonso, está colocando seu prestígio em jogo em um dos gigantes do país. Se o clube se tornará um sucesso ou apenas mais um fracasso, dependerá dele.
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