O Atlas se despede do torneio com uma derrota para o Xolos e uma temporada para esquecer.

O Atlas encerrou o torneio Apertura de 2025 com uma de suas noites mais tristes dos últimos anos. Não só perdeu por 2 a 0 para o Xolos de Tijuana na última rodada, como também foi eliminado sem sequer se classificar para o torneio Play-In, coroando uma temporada para esquecer que retrata um time sem alma, direção ou comprometimento.
Com apenas 17 pontos, 35 gols sofridos e uma mudança de treinador que nunca reverteu a situação, o time rubro-negro só voltará a campo em janeiro do ano que vem, carregando o estigma de um dos maiores fracassos do semestre.
A pressão já era insuportável antes mesmo do apito inicial. Minutos antes, o Querétaro havia derrotado o FC Juárez, obrigando o Atlas a vencer a todo custo e também torcendo para que outros resultados lhe fossem favoráveis: que nem Santos nem Pumas somassem pontos. Mas tudo não passou disso — uma teoria. Os Zorros não conseguiram fazer a sua parte e acabaram apresentando uma atuação fraca e nervosa, sem a intensidade que a situação exigia. O time de Diego Cocca chegou sem estratégia futebolística ou espírito competitivo.
Para piorar a situação, o primeiro golpe veio de um rosto familiar. Alejandro “Pue” Gómez, produto da base do Atlas, abriu o placar aos 65 minutos, vencendo Camilo Vargas, que, ironicamente, havia sido o craque da partida. O goleiro colombiano manteve o time no jogo com pelo menos quatro defesas milagrosas antes da defesa voltar a falhar.
O segundo gol veio oito minutos depois, aos 73 minutos, quando Unai Bilbao finalizou sem marcação graças à fraca e passiva atuação de Matías Cóccaro e Uros Durdevic, que assistiram enquanto o espanhol criava espaço para si e finalizava sem pressão contra um Vargas já exausto.
Por outro lado, o Tijuana, que já havia garantido sua vaga no Play-In, chegou a 24 pontos, ultrapassando o FC Juárez, e agora aguarda os resultados para saber sua posição final e o adversário que enfrentará.
O Atlas, por outro lado, encerra um torneio medíocre, sem identidade e com um elenco que nunca demonstrou o comprometimento exigido pela camisa rubro-negra. É uma eliminação dolorosa, mas, acima de tudo, expõe um clube que precisa urgentemente de uma reflexão.
MF
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