Despesas em alta: cresceram mais que a inflação e inadimplência preocupa

As despesas dispararam muito acima da inflação e já estão afetando duramente proprietários e inquilinos. Cristian Tetamanti, vice-presidente da Associação de Administradores Profissionais de Imóveis Horizontais (ACAPPH), alertou que a retirada dos subsídios de energia e os aumentos salariais explicam o forte aumento. Segundo a Rádio Rivadavia, os índices de inadimplência já chegam a 16%, e a situação está alarmando os condomínios.
O diretor da ACAPPH explicou que a eliminação gradual dos subsídios à energia teve um impacto significativo nos custos fixos dos edifícios. Ele também explicou que os aumentos salariais superaram a inflação, elevando ainda mais as contas mensais dos moradores.
"Os subsídios foram eliminados gradualmente, os aumentos salariais foram maiores que a inflação, e isso significa que a folha de pagamento tende a aumentar no final do mês", disse Tetamanti em entrevista à Rádio Rivadavia.
O problema não se limita ao aumento de custos. Segundo Tetamanti, o atraso no pagamento de despesas já atinge 16% dos consórcios. Esse número reflete um aumento de cinco a seis pontos percentuais em relação a 2023 e 2024.
Diante dessa situação, os administradores de consórcios são obrigados a agir com mais celeridade. "Hoje, os administradores precisam ser muito mais ágeis na hora de iniciar processos executivos", explicou.
Em meio a esse cenário adverso, Cristian Tetamanti elogiou o papel das agências reguladoras da Cidade de Buenos Aires. Ele indicou que tanto a Direção de Proteção ao Consumidor quanto o Registro Público de Administradores estão promovendo medidas voltadas à redução de custos e à melhoria da gestão.
"Eles estão promovendo ações que ajudam a resolver problemas corporativos e reduzir custos. Achamos isso muito interessante e inspirador", enfatizou.
O líder concluiu com uma mensagem positiva. "É bom para as finanças dos proprietários, nada mais, nada menos", afirmou, enfatizando que o trabalho colaborativo entre administradores e órgãos públicos pode fazer a diferença nas finanças familiares.
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