A Vuelta ultrapassada pela guerra em Gaza e pelo conflito israelo-palestiniano
Há pouco mais de duas semanas, a Vuelta a España progride ao ritmo de separações, mas também de confrontos. Partindo de Turim (Itália) em 23 de agosto, a 80ª edição da prova de ciclismo Vuelta a España viu-se arrastada, apesar de tudo, para a turbulência da guerra em Gaza e do conflito israelo-palestino. Bloqueios, intrusões, interrupções de etapas: multiplicam-se as manifestações para denunciar a situação humanitária em Gaza e contestar a presença da equipa Israel-Premier Tech no pelotão.
Na terça-feira, 9 de setembro, a 16ª etapa teve que ser interrompida prematuramente a 8 quilômetros da linha de chegada, devido ao bloqueio da via por manifestantes. Os organizadores decidiram congelar os tempos e validar a classificação neste ponto preciso do percurso. O colombiano Egan Bernal foi o primeiro a cruzar a linha de chegada improvisada.
O episódio não era inédito. Em 3 de setembro, em Bilbao, a 11ª etapa já havia sido interrompida antes de sua conclusão. Dezenas de manifestantes se reuniram perto da linha de chegada e alguns tentaram forçar as barreiras, apesar da presença policial reforçada. A organização da prova optou por neutralizar o evento e interromper a cronometragem 3 quilômetros antes da chegada.
Restam 80,26% deste artigo para você ler. O restante está reservado para assinantes.
Le Monde