Direitos aduaneiros: esclarecimentos pendentes, muitas incertezas
Os detalhes do acordo tarifário ainda precisam ser finalizados, especialmente no que diz respeito às isenções. Embora a indústria aeronáutica esteja poupada, o futuro do álcool, por outro lado, é incerto.
Este texto é um trecho da transcrição da reportagem acima. Clique no vídeo para assisti-lo na íntegra.
Os Estados Unidos e a Europa se aproximaram, mas o acordo ainda não está totalmente finalizado. Então, quais são as incertezas? Os impostos alfandegários sobre o vinho ainda estão pendentes. A França espera uma isenção, mas as negociações são complicadas. O produtor de champanhe Claude Mandois exporta 500.000 garrafas por ano através do Atlântico. Diante da incerteza, os pedidos são interrompidos. "É uma paleta que tínhamos preparado há cerca de duas semanas. Era urgente. Foi cancelada ", diz ele.
Os Estados Unidos respondem por 27% das exportações francesas de vinhos e destilados. Inicialmente ameaçado com um imposto de 30%, o produtor ainda hoje espera uma isenção. Como lidar com os Estados Unidos? "Essa é uma boa pergunta. Já estamos lidando com os russos. O imposto de 30% nos assustou. Agora, a incerteza é ainda pior", admite Claude Mandois.
Fortemente criticado na França, o acordo é desequilibrado? Por um lado, os Estados Unidos imporão um imposto de 15% sobre a maioria dos produtos europeus. No entanto, por outro, a Europa abrirá suas portas, sem impostos sobre a maioria dos produtos americanos. Um mal menor, segundo economistas, para evitar uma guerra comercial. " Para a França, isso representará, em média, entre 2% e 3% a menos nas exportações. Obviamente, há setores que serão mais afetados do que outros, mas 2% a 3% é algo que pode ser totalmente absorvido ", explica Lionel Fontagné, diretor do Instituto de Políticas Macroeconômicas e Internacionais (i-Mip).
Alguns setores serão poupados, incluindo bens dos quais os Estados Unidos não podem prescindir. Certas matérias-primas, como produtos químicos ou peças de aeronaves, por exemplo, estarão isentas de impostos alfandegários. Perto de Toulouse (Haute-Garonne), esta é uma boa notícia para uma empresa com 3.000 funcionários, que fornece para a Airbus e a Boeing. O acordo é finalizado após uma espera de seis meses. " Traz tranquilidade, e o setor precisa disso. Porque estamos atualmente em uma corrida contra o tempo para alcançar aumentos de produção. É um setor muito promissor", confidencia Thomas Girard, CEO da Figeac Aero.
As negociações para finalizar o acordo devem durar mais algumas semanas.
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