Médicos legistas da ZUS são necessários com urgência. O governo tem um plano
A certificação médica ZUS é a base para o acesso a muitos benefícios e direitos. O papel principal no sistema é desempenhado pelos médicos legistas.
A ZUS emprega atualmente (em 31 de maio de 2025) 684 médicos em certificação médica para um total de 521 cargos de tempo integral. Ao mesmo tempo, admite que mais de 40% dos cargos médicos estão vagos, e em algumas filiais da ZUS essa porcentagem chega a 75%. E o problema está se agravando. Em 2024, foram realizados 263 recrutamentos, mas foi possível empregar médicos para apenas 28,6 cargos de tempo integral. O número de médicos que deixam o emprego é maior do que o número de médicos que estão empregados. Por exemplo, em 2025, os médicos foram aceitos para um total de 12,5 cargos de tempo integral e, ao mesmo tempo, o dobro deixou o emprego durante esse período (24,5 cargos de tempo integral).
O problema piora a cada ano. O número de médicos legistas empregados entre 2016 e 2024 diminuiu em 237 vagas, ou seja, 31%. Além disso, mais de 60% dos que trabalham nessa profissão são pessoas com mais de 60 anos.
Há escassez de médicos legistas. Isso é importante para a concessão dos benefícios do ZUS.A ZUS admite que o efeito do agravamento das dificuldades nesta área ao longo de vários anos é o tempo de espera cada vez maior para que os segurados emitam uma decisão e, assim, recebam os benefícios. Qual é exatamente o tempo? De acordo com informações da autoridade previdenciária, o tempo médio de espera por uma decisão no primeiro trimestre de 2025 era de 31 dias, mas em algumas agências já ultrapassava 60 dias.
A ZUS não tem dúvidas de que são necessárias mudanças sistêmicas rápidas nessa área para que a instituição possa desempenhar suas tarefas estatutárias.
O governo parece estar ciente disso, e é por isso que preparou um projeto de alteração à Lei do Sistema de Seguridade Social, que está atualmente sendo analisado pelo Comitê Permanente do Conselho de Ministros.
Ela prevê, entre outras coisas, uma mudança nas regras de contratação de médicos legistas. Trata-se principalmente da introdução de formas flexíveis de cooperação. Como resultado, os médicos legistas poderão desempenhar suas funções não apenas com base em um contrato de trabalho, mas também, por exemplo, em um contrato de prestação de serviços. A escolha, em princípio, será deles.
Remuneração básica dos médicos legistas da ZUS. Há um projeto de alteraçõesAs regras de remuneração dos médicos legistas também serão alteradas. A ZUS apontou essa questão como uma das principais barreiras ao recrutamento de profissionais médicos. Conforme explica, apesar do interesse nas tarefas realizadas pela ZUS, o salário-base oferecido é inaceitável para muitos candidatos (em comparação com os valores praticados no mercado). Em muitos casos, esse é o motivo da recusa de emprego.
Após a entrada em vigor da nova regulamentação, o salário-base dessas pessoas (com contrato de trabalho) será determinado por meio de multiplicadores do valor médio do salário bruto mensal da economia nacional no ano anterior. Será que tal mudança poderá melhorar a situação atual, que já é desastrosa?
– De fato, a introdução de novos princípios estatutários para a definição da remuneração dos médicos legistas pode limitar as discrepâncias no nível de seus rendimentos em comparação com outros profissionais da área médica. Com o multiplicador proposto de até 2,55 do salário médio (este valor máximo resulta do projeto de regulamento sobre o assunto – nota do editor), o salário-base médio de um médico legista no ano corrente poderia atingir PLN 20.863 brutos por mês. Tal valor já seria atrativo em comparação com os oferecidos em entidades médicas. Permitam-me lembrar que o salário mediano dos médicos legistas gira atualmente em torno de PLN 21.000. Essa mudança pode, de fato, contribuir para melhorar a situação de pessoal da ZUS em termos de preenchimento de vagas para médicos legistas – afirma Łukasz Kozłowski, da Federação de Empresários Poloneses.
Não é só o médico que vai emitir o atestado. O projeto de lei prevê a facilitaçãoOs novos regulamentos também incluem alterações nas qualificações exigidas dos médicos legistas. Por exemplo, está prevista a introdução da possibilidade de emitir decisões em certos tipos de casos por pessoas que exercem profissões médicas independentes, como enfermeiros, enfermeiros e fisioterapeutas.
– Essas soluções são certamente importantes porque permitirão uma implementação mais eficaz das funções adjudicativas – acrescenta Łukasz Kozłowski.
Oskar Sobolewski, da HRK Payroll Consulting, também acredita que as mudanças propostas podem ajudar a melhorar a situação de pessoal na certificação médica.
– Precisamos agir e buscar soluções, porque a situação é muito difícil, tanto em termos de número de vagas quanto da média de idade dos médicos. Anos de negligência cobraram seu preço. Uma campanha mais ampla entre os médicos também será necessária, indicando que os termos de cooperação com a ZUS mudarão e se tornarão mais flexíveis e atraentes – afirma.
Katarzyna Kamecka, especialista da Associação Econômica Polonesa, está ciente da difícil situação de pessoal. No entanto, ela se preocupa em confiar funções de arbitragem a pessoas que não são médicas.
– Em vez disso, valeria a pena considerar confiar essas tarefas como parte das funções desempenhadas durante a formação especializada de profissionais médicos – acrescenta.
RP