Especialista: Trump quer usar o ataque de Israel ao Irã para forçar Teerã a negociar

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Especialista: Trump quer usar o ataque de Israel ao Irã para forçar Teerã a negociar

Especialista: Trump quer usar o ataque de Israel ao Irã para forçar Teerã a negociar

Muito agora depende da atitude dos EUA no desenvolvimento do conflito entre Israel e Irã, disse o analista israelense Eldad Shawit à PAP. O presidente americano, Donald Trump, apoia Israel e quer usar o ataque para pressionar Teerã a aceitar o acordo nuclear, mas é duvidoso que ele tenha sucesso, disse o especialista.

foto de Win McNamee / / FÓRUM

Surge a questão de saber se os Estados Unidos tomarão a iniciativa neste conflito, especialmente porque têm capacidades mais amplas que Israel para destruir instalações nucleares iranianas, como a instalação subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordo, observou Shavit.

Ele acrescentou que o Irã poderia agora tomar uma série de medidas às quais os EUA teriam que responder. Teerã poderia, por exemplo, retirar-se formalmente do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Segundo Shavit, alguns fatores indicam que o conflito não terminará em breve. O analista admitiu que é difícil estimar quanto tempo durará, mas o fator mais importante será a extensão dos danos à infraestrutura nuclear do Irã causados ​​por Israel. Ele acrescentou que é muito cedo para fornecer tais avaliações.

O especialista israelense expressou dúvidas de que o conflito entre Israel e Irã, neste estágio, cause mudanças significativas no curso da guerra na Faixa de Gaza ou uma grave escalada com o Hezbollah do Líbano ou os Houthis do Iêmen. Não parece que nenhuma das forças aliadas a Teerã possa agora substituir o Irã em resposta aos ataques israelenses, comentou o analista.

Eldad Shawit serviu por muitos anos na inteligência militar e no governo israelense e atualmente é analista sênior no Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) da Universidade de Tel Aviv.

Israel lançou uma série de ataques contra o Irã na manhã de sexta-feira, declarando que tinham como alvo suas instalações nucleares e militares. Israel acusa o Irã de acelerar seus esforços para produzir armas nucleares, o que representaria uma ameaça existencial ao Estado judeu. Netanyahu afirmou na sexta-feira que o Irã possui urânio enriquecido suficiente para construir nove bombas nucleares.

Desde meados de abril, os Estados Unidos negociam um acordo nuclear com o Irã que limitaria o programa nuclear do país em troca do levantamento de algumas sanções.

Trump enfatizou que o principal objetivo dos Estados Unidos é impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear. Ele ameaçou repetidamente com consequências militares e econômicas caso Teerã rejeite o acordo, enfatizando que prefere uma solução diplomática.

Segundo relatos da mídia, Trump concordou com um ataque israelense ao Irã, e a operação foi coordenada com os EUA. A Casa Branca não confirmou esses relatos. No final de maio, Trump declarou publicamente ter dito ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que um ataque ao Irã seria inapropriado, pois os EUA estavam perto de chegar a um acordo com o Irã.

Até o momento, houve cinco rodadas de negociações entre EUA e Irã, mediadas por Omã. Reportagens da mídia mostram que as posições das partes parecem difíceis de conciliar. O Irã rejeitou as exigências dos EUA para interromper o enriquecimento de urânio.

Uma sexta rodada de negociações foi anunciada para domingo. No sábado, a diplomacia iraniana afirmou que, após os ataques israelenses, "não havia sentido em continuar as negociações neste estágio". O Ministério das Relações Exteriores de Omã anunciou então o cancelamento das negociações de domingo.

O enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse na sexta-feira que quer continuar as negociações com o Irã.

Na sexta-feira, Trump elogiou os ataques israelenses e pediu que o Irã aceite o acordo "antes que não sobre nada deste país".

O Irã é signatário do TNP, que proíbe o desenvolvimento de armas nucleares desde 1970. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) constatou em 2003 que o Irã não estava cumprindo suas obrigações sob o TNP. A agência reiterou formalmente essas alegações na quinta-feira. No mesmo dia, o Irã declarou que pretendia inaugurar uma nova instalação de enriquecimento de urânio.

Israel e os Estados Unidos há muito acusam o Irã de ter um programa de armas nucleares, algo que Teerã nega consistentemente, insistindo que seu programa nuclear é puramente civil.

De Jerusalém Jerzy Adamiak (PAP)

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