Orlen comentou sobre o conflito no Oriente Médio

Orlen enfatizou que está constantemente analisando todos os fatores, incluindo os geopolíticos, que podem afetar suas atividades operacionais.
"Neste estágio, a atividade operacional está sendo conduzida sem interrupções. Graças a uma carteira diversificada de pedidos, contratos de longo prazo, oportunidades de compra à vista e extração própria, a empresa está bem preparada para realizar as operações atuais", disse Orlen à PAP.
Na noite de sábado para domingo, os EUA atacaram três instalações iranianas de enriquecimento de urânio em Fordo, Natanz e Isfahan, juntando-se assim aos ataques israelenses ao Irã, que vêm ocorrendo desde 13 de junho, com o objetivo de destruir o programa nuclear daquele país. Em resposta ao ataque americano, o parlamento iraniano decidiu fechar o Estreito de Ormuz, a rota de exportação mais importante de petróleo do Golfo Pérsico. No entanto, a decisão final sobre o fechamento do estreito cabe ao líder da teocracia iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, que ainda não se pronunciou sobre o assunto.
O Estreito de Ormuz é um istmo – com apenas 33 km de largura em seu ponto mais estreito – que permite a navegação entre o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã, no Mar Arábico. Por ele passa uma rota marítima que transporta um quinto do suprimento global de petróleo. Nos últimos meses, 17,8 a 20,8 milhões de barris de petróleo fluíram por ele diariamente, vindos da Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Irã e Emirados Árabes Unidos, além de GNL, principalmente do Catar. A maior parte do petróleo transportado por essa rota tem como destino os mercados asiáticos.
Orlen: estamos diversificando consistentemente nossas fontes de fornecimentoEm resposta a perguntas sobre a situação atual no Oriente Médio e o fornecimento de petróleo bruto aos mercados dessa região, a Orlen observou que "implementa consistentemente uma estratégia de diversificação das fontes de matérias-primas, o que lhe permite limitar o risco relacionado a potenciais interrupções na cadeia de suprimentos". A empresa também observou que coopera com parceiros de diversas regiões geográficas, aumentando assim "a flexibilidade operacional e a resistência a mudanças geopolíticas".
A Orlen afirmou que obtém petróleo bruto do Oriente Médio, como parte de um acordo com a Saudi Aramco, bem como gás sob um contrato com o Catar, sendo transportado apenas GNL pelo Estreito de Ormuz. "A empresa opera em conformidade com as sanções aplicáveis e não importa petróleo bruto do Irã", enfatiza a informação.
Conforme explicado por Orlen, em 2024, a matéria-prima fornecida às unidades de produção de todo o Grupo Orlen veio, entre outros, da Arábia Saudita, Guiana, Cazaquistão, Nigéria, Noruega e Polônia, além dos EUA, Venezuela, Azerbaijão, Guiana e Reino Unido. A empresa também mencionou que assinou contratos de longo prazo para o fornecimento de petróleo bruto por via marítima com a Saudi Arabian Oil Company e a BP Oil International Limited, bem como com a B8 Sp. z o. o. BALTIC SKA e a Lotos Petrobaltic, cobrindo quase 78% da demanda por matéria-prima.
Orlen observou que também possui um "portfólio diversificado de fornecimento de gás, o que, combinado com a capacidade reservada da infraestrutura de importação, proporciona à empresa grande flexibilidade na obtenção da matéria-prima".
"Graças a isso, a empresa pode atender com eficácia às necessidades de seus clientes, mesmo em caso de interrupções no fornecimento de qualquer direção", garantiu Orlen. Ao mesmo tempo, enfatizou que "uma possível interrupção no fornecimento do Catar não representará uma ameaça ao fornecimento de matérias-primas do país".
Quase metade do GNL provém da extracção nacionalA empresa observou que a importação de GNL é apenas uma das formas de abastecer a Polônia com gás. A empresa também destacou que, no ano passado, a principal fonte da matéria-prima foi sua própria extração, principalmente na Polônia e na Noruega, de onde é enviada ao país pelo Oleoduto do Báltico.
"Nossa própria produção forneceu quase metade do gás fornecido por Orlen ao mercado interno em 2024. As entregas de GNL para Świnoujście representaram pouco mais de 35%. Elas foram dominadas pelo gás dos EUA, enquanto o GNL fornecido pelo Catar supriu cerca de 12% da demanda interna", calculou a empresa.
Segundo Orlen, além do gás obtido por meio de contratos de longo prazo – via gasodutos ou na forma liquefeita – a empresa também tem a opção de complementar o fornecimento no mercado à vista. Como parte desse tipo de transação – conforme relatado por Orlen – a empresa importou gás liquefeito da Noruega, Nigéria, Trinidad e Tobago, entre outros países.
"Dentro do Grupo Orlen, há a Orlen LNG Trading, uma empresa especializada na aquisição e comercialização de GNL, capaz de adquirir rapidamente cargas spot de qualquer lugar do mundo, dependendo das necessidades", diz a informação.
A Orlen e suas subsidiárias são uma empresa multienergética que possui refinarias na Polônia, República Tcheca e Lituânia, além de uma rede de postos de gasolina na Alemanha, Eslováquia, Hungria e Áustria. A empresa também está desenvolvendo os segmentos de extração de petróleo e gás, petroquímica e energia, incluindo fontes de energia renováveis. A empresa também planeja desenvolver energia nuclear com base em pequenos reatores SMR modulares.
najnowsze