Israel volta a não descartar matar o ayatollah

Matar ou não o Líder Supremo do Irão? A hipótese continua a ser colocada em cima da mesa por vários dirigentes israelitas, ainda que de diferentes formas. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, foi mais categórico, afirmando que o ayatollah “não pode continuar a existir”. Já o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, destacou que a morte de Ali Khamenei “não é um objetivo” das autoridades israelitas.
Na sua conta pessoal do X, Israel Katz acusou o Líder Supremo do Irão de ser um “ditador”: “É o Hitler dos dias de hoje”. O ministro indicou que o ayatollah tem envergado a bandeira da “destruição do Estado de Israel”. Com isso, está a “escravizar todos os recursos do país para avançar esse objetivo terrível”.
הדיקטטור חמינאי הוא היטלר המודרני שחרט על דגלו את השמדת מדינת ישראל ומשעבד את כל המשאבים של המדינה שלו לקידום המטרה הנוראית הזאת.
הוא לא יכול להמשיך ולהתקיים.
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) June 19, 2025
“Ele não pode continuar a existir”, reiterou, numa mensagem que também já tinha transmitido na manhã desta quinta-feira. Israel Katz acrescentou que já deu instruções ao exército israelita, que sabe que “para atingir todos os seus objetivos este homem absolutamente não deverá continuar a existir”.
Por sua vez, o primeiro-ministro moderou a retórica, se bem que não tenha descartado o assassínio do Líder Supremo do Irão. “Dei instruções para que ninguém no Irão tenha imunidade”, assinalou. “Não é apropriado nem necessário acrescentar mais nada. Devemos deixar que as ações falem mais alto do que as palavras”, disse Benjamin Netanyahu, numa entrevista ao canal estatal KAN.
Questionado sobre as palavras do ministro da Defesa Israel Katz — que sublinhou que o Líder Supremo não “pode continuar a existir” —, Benjamin Netanyahu esclareceu que o objetivo da operação militar consiste em “eliminar a ameaça nuclear”. “Em segundo lugar, eliminar a ameaça dos mísseis balísticos.”
Ainda assim, o primeiro-ministro de Israel não descartou que, na sequência destes ataques, o regime sofra um duro golpe. Derrubar os ayatollahs “não é um objetivo, mas pode tratar-se de um resultado”.
observador