PSI fecha no ‘vermelho’. Mota-Engil tomba mais de 11%

O índice de Lisboa fechou o dia do lado das perdas, com uma descida de 0,86% para 7.687,51 pontos.

A Mota-Engil tombou 11,65% para 4,930 euros, seguida da EDP Renováveis, que perdeu 2,17% para 9,90 euros. A EDP desceu 1,14% para 3,721 euros, o BCP derrapou 0,75% para 0,7146 euros, a Altri desliza 0,50% para 4,970 euros.

Em contraciclo, a Galp ganhou 1,08% para 15,94 euros e a Ibersol aumentou 0,82% para 9,86 euros.

As principais praças europeias fecharam em terreno positivo, com o CAC40 a ganhar 0,19% para 7.749,39 pontos e o IBEX35 a aumentar 0,15% para 15.024,30 pontos.

O analista de mercados do Millennium Investment Banking, Ramiro Loureiro, afirma que “as bolsas europeias oscilaram entre o verde e o vermelho ao longo da sessão, mostrando que os investidores procuram por sinais para o próximo passo, numa altura em que alguns dos principais índices de ações europeus e norte-americanos se encontram junto ao seu valor mais elevado de sempre. É natural que a instabilidade política em França, após a queda do primeiro-ministro, tenha algum impacto, mas as atenções estão muito voltadas quer para as decisões de taxas de juro do BCE, na quinta-feira, quer para as leituras dos preços no produtor e a inflação dos EUA na quarta e quinta-feira, importantes nas decisões da Fed”.

“Entretanto, nos EUA os dados de criação de emprego em 2025 sofreram uma revisão em baixa, mostrando um mercado laboral menos robusto, o que até alimenta perspetivas de cortes de juros. O setor de Recursos Naturais foi impulsionado pelo disparo da Anglo American, que anunciou uma fusão com a Teck Resources. Em Portugal o PSI sentiu pressão do tombo da Mota-Engil, bem como das correções no grupo EDP, BCP e CTT”, refere.

No mercado do petróleo o texano WTI sobe 1,11%, fixando o preço do barril nos 62,96 dólares e o Brent aumenta 1,01% para 66,69 dólares. O gás natural perde 0,87% para 3,063 dólares.

No mercado cambial o euro desvaloriza 0,34% face ao dólar, fixando-se nos 1,1723 dólares.