Brincou muito com armas

Um fuzileiro naval atirou e matou seu subordinado, o recruta de 18 anos Marat BARKULOV (foto à esquerda), pelo qual ele foi condenado a 13 anos de prisão em janeiro.

Na instância de apelação do Tribunal Militar, a advogada Tatyana YAREMCHUK relatou que Dosov não era o único culpado. Segundo ela, o jovem oficial não foi devidamente examinado antes de assumir o serviço. Ele não passou por exame médico nem fez teste psicológico. Os dois mentores designados para Dosov não cumpriram com suas funções.

- Ninguém se preocupou em verificar sua prontidão para assumir o serviço diário em 7 de setembro, conforme exigido pelos regulamentos e regras. Por favor, preste atenção especial à forma como as armas foram emitidas. Dosov alegou que recebeu um carregador de Mailiev (o chefe do estado-maior da brigada Bagdat MAILIEV alegou no tribunal de primeira instância que estava realizando um briefing e Dosov recebeu dois carregadores) e não houve nenhum briefing, ninguém lhe explicou nada, disse Tatyana Yaremchuk.

Ela pediu ao tribunal que alterasse a sentença e reclassificasse as ações de Dosov de homicídio doloso para a parte 2 do Artigo 462 ("violação das regras de manuseio de armas, que resultou na morte de uma pessoa por negligência"). Ela prevê pena de prisão de até cinco anos.

A mãe de Dosov, Ulbolsyn DUMSHEBAYEVA, disse em lágrimas que o assassinato foi um acidente. Seu único filho foi colocado em serviço por vários dias seguidos e recebeu uma pistola sem ser informado sobre a munição real. Mas o recurso do Tribunal Militar manteve a sentença inalterada, e as queixas da defesa foram rejeitadas.

Lembremos que o tenente Dosov, de 22 anos, matou Barkulov com um tiro no rosto em 7 de setembro do ano passado no campo de treinamento de Oimasha, na região de Mangistau. Dosov, brincando com uma pistola em seu uniforme, entrou em uma tenda onde vários militares estavam localizados e viu Barkulov falando ao telefone que o oficial havia dado a outro soldado.

“Os rapazes estavam sentados numa tenda depois de uma casa de banhos”, disse anteriormente o pai do falecido, Erbol KUNTINOV. - Meu filho estava falando no telefone de Dosov com um amigo. Dosov entrou, xingou, levantou a arma e puxou o gatilho, mas não houve tiro. Então ele abaixou a pistola, tirou a trava de segurança, recarregou e atirou...

Alikhan SULTANOV, Astana