Putin e Trump discutem Oriente Médio e Ucrânia em ligação telefônica – Kremlin

O presidente Vladimir Putin discutiu o conflito entre Israel e o Irã, bem como os esforços para uma solução na Ucrânia, em um telefonema com seu colega americano Donald Trump, disse o Kremlin no sábado.
Foi o quarto telefonema entre os dois líderes, no âmbito dos esforços para reatar as relações desde que Trump assumiu o cargo, uma mudança drástica em relação à abordagem do governo de seu antecessor, Joe Biden.
"A perigosa escalada no Oriente Médio estava, é claro, no centro da discussão", disse o Kremlin, depois que Israel bombardeou o Irã na sexta-feira, levando o Irã a lançar ataques contra Israel em troca.
O presidente russo disse que Moscou estava pronta para mediar entre Israel e o Irã, acrescentou.
Tanto Putin quanto Trump expressaram preocupação com a recente escalada no Oriente Médio, mas ambos ainda "não descartaram um retorno às negociações sobre o programa nuclear do Irã", de acordo com o comunicado.
Ele disse que Putin também informou Trump sobre a "implementação dos acordos alcançados na reunião entre as delegações russa e ucraniana em Istambul em 2 de junho".
O líder russo disse ao seu colega americano que a Rússia estava pronta para continuar as negociações com a Ucrânia depois de 22 de junho, enquanto Trump reconheceu isso e "reiterou seu interesse na rápida resolução do conflito russo-ucraniano", acrescentou o Kremlin.
Putin também parabenizou Trump por seu aniversário e ambos os líderes mencionaram a "irmandade de armas" entre a Rússia e os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.
No dia anterior, Putin manteve ligações telefônicas separadas com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian, durante as quais condenou a onda de ataques de Israel ao Irã.
Putin "enfatizou que a Rússia condena as ações de Israel, que violam a Carta e a lei da ONU", disse o Kremlin em um comunicado sobre as ligações.
Ele também disse a Netanyahu sobre sua "prontidão para fornecer serviços de mediação a fim de evitar uma maior escalada de tensões".
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