É assim que o imposto sobre remessas impactaria a economia mexicana.

CIDADE DO MÉXICO (El Universal).— O secretário de Finanças e Crédito Público, Edgar Amador, disse que a possível aprovação de um imposto de 3,5% sobre remessas pelo governo dos Estados Unidos teria um impacto equivalente a 3% do PIB, mas com efeito neutro nas finanças públicas.
"A magnitude do impacto pode ser equivalente a 3% do PIB, em termos aproximados, mas o impacto regional pode ser muito significativo. Em alguns estados, por exemplo, representa 20% da renda de algumas famílias; em outros, equivale a 10% do PIB", explicou.
A autoridade comentou que este é um imposto injusto e discriminatório que provavelmente viola o acordo de dupla tributação entre o México e os Estados Unidos. Portanto, espera-se que a posição do governo mexicano seja ouvida no Senado dos Estados Unidos.
“É um impacto significativo, e esperamos que os apelos para reconsiderar e eliminar esse imposto sejam atendidos. Há evidências de que, quando o peso se valoriza, nossos compatriotas enviam mais dólares, porque provavelmente têm um compromisso fixo em pesos com suas famílias. Portanto, o que provavelmente acontecerá é que eles enviarão dólares adicionais, o que reduziria a renda disponível dos consumidores nos Estados Unidos, e o impacto acabaria sendo suportado pelo mercado interno americano”, disse ele.
Pagamentos pendentes
Por outro lado, Amador acrescentou que até o momento foram alocados 147 bilhões de pesos em pagamentos pendentes aos fornecedores da Pemex; no entanto, ele está ciente do comprometimento da empresa petrolífera em cumprir com suas obrigações.
"É claro que estamos cientes de que ainda há um saldo devedor. Estamos trabalhando de forma altamente coordenada com o CEO, o Ministério da Energia e as equipes para buscar opções de financiamento. O acesso da empresa aos mercados bancários é muito aberto e sólido, e estamos explorando, digamos, as opções para resolver essas questões", explicou.
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