"Estamos preocupados? Sim, mas não podemos parar por aí": Bruce MacMaster sobre o sistema de saúde do país

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"Estamos preocupados? Sim, mas não podemos parar por aí": Bruce MacMaster sobre o sistema de saúde do país

"Estamos preocupados? Sim, mas não podemos parar por aí": Bruce MacMaster sobre o sistema de saúde do país
No 31º Fórum Andi de Saúde, que acontece esta semana em Cartagena, o presidente da associação, Bruce Mac Master, fez um apelo à ação diante dos graves indicadores da crise que o sistema de saúde do país enfrenta atualmente e da necessidade urgente de resolver o problema subjacente: o financiamento.
Segundo o líder sindical na abertura da reunião, que acontecerá de 18 a 20 de junho, a situação atual do sistema de saúde colombiano já pode ser descrita como uma "crise humanitária", e isso se reflete claramente nos indicadores apresentados. Em seu discurso de abertura, o líder apresentou dados que mostram sinais claros de subfinanciamento, uma rede de prestadores de serviços em deterioração e uma emergência crescente que está colocando em risco a vida de milhões de colombianos.
Por exemplo, um dos dados mais importantes é o aumento na taxa de reivindicações da unidade de pagamento per capita (UPC), que ultrapassou 105,1% em 2024. Ou seja, os pacientes estão gastando 5,1% a mais do que cada colombiano paga por seus cuidados de saúde, deixando um passivo que afeta a operação do sistema.
Por outro lado, o Estado não estaria pagando, aumentando o passivo do país com o EPS, que passou de US$ 2,2 trilhões em 2021 para mais de US$ 9 trilhões de pesos em 2024. Soma-se a isso uma deterioração generalizada na carteira de pagamentos em toda a cadeia de valor do sistema de saúde. As Instituições Prestadoras de Serviços de Saúde (IPS), por sua vez, passaram de uma carteira de pagamentos em atraso de US$ 1,7 trilhão em 2022 para US$ 3,6 trilhões em 2025.

O presidente da Andi apresentou o status atual do sistema para um auditório lotado. Foto: Andi

A situação é semelhante para laboratórios farmacêuticos, empresas de dispositivos médicos e empresas de gases medicinais, cujos índices de inadimplência e baixa de empréstimos ultrapassam 70% em alguns casos. Esse acúmulo de dívidas, segundo a Mac Master, demonstra uma profunda crise de confiança e sustentabilidade financeira que ameaça interromper os serviços básicos de saúde.
Ao mesmo tempo, os números também mostram um peso maior para os bolsos dos cidadãos. Os gastos privados com saúde têm aumentado constantemente, com os gastos diretos subindo de US$ 11,5 trilhões em 2021 para a projeção de US$ 12,8 trilhões em 2024.
Ao mesmo tempo, o número de PQRD (Petições, Reclamações, Reclamações e Relatórios) de usuários disparou: de 996.733 em 2021 para mais de 1,7 milhão em 2024. Nos primeiros três meses de 2025, já foram registradas 488.863 reclamações, o que confirma uma grave crise humanitária no acesso e na qualidade dos serviços, onde os principais motivos estão relacionados a atrasos em consultas, procedimentos e suprimentos médicos.

O Fórum de Saúde Andi será realizado em Cartagena de 18 a 20 de junho. Foto: Andi

Nesse sentido, Mac Master foi claro ao destacar que há preocupação entre as diversas partes interessadas do sistema com a situação. Portanto, este ano, parte do Fórum de Saúde Andi será dedicada à realização de workshops nos quais as partes interessadas do sistema tentarão encontrar soluções que ajudem a aliviar alguns dos problemas.
“Este fórum buscará produzir soluções, e é por isso que transformamos parte dele em uma oficina. A ideia é que nos sentemos e produzamos soluções. Estamos preocupados? Sim. Estamos ansiosos? Sim. Mas não podemos parar por aí. Nossa tarefa é tentar fazer a Colômbia avançar”, afirmou o líder sindical.
Mac Master foi enfático ao destacar que o diálogo com o governo "tem sido complexo" e que, embora tenha convidado diretamente o ministro para o fórum para que o chefe do ministério pudesse participar e tentar encontrar soluções, ele não respondeu ao convite.
“Eu poderia mostrar o convite que fiz pessoalmente ao Ministro da Saúde para vir aqui e falar com todos os envolvidos no sistema. Ele nem se dignou a responder. Mas é um chamado para que estabilizemos o sistema. A prioridade agora não pode ser política ou ideológica; a prioridade tem que ser humanitária. Temos que estabilizar o sistema de saúde. E estabilizar significa dar a ele recursos suficientes para operar”, enfatizou.

Bruce Mac Master abriu o 31º Fórum de Saúde Andi. Foto: Andi

Segundo Mac Master, é evidente que a intervenção governamental não melhorou a situação do sistema. Embora 58% dos usuários do sistema do país estejam atualmente filiados a EPSs intervencionadas, os números do PQRD para essas seguradoras pioraram, demonstrando que o governo não fez nenhum esforço para melhorar o sistema; muito pelo contrário.
"Quando nos deparamos com as declarações do ministro de que eles têm o sistema 'em tratamento intensivo para que a reforma sanitária seja aprovada', eu digo, na verdade, que essa atitude parece, no mínimo, completamente distante do espírito humanitário que agentes públicos e médicos como o ministro da Saúde devem ter", concluiu Mac Master.
Jornalista de Meio Ambiente e Saúde
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